Neste ano a Associação Nacional de Empresas de Serviços de Energia (NAESCO) tematizou, em mesa-redonda, uma discussão a respeito da realidade atual de negócios pautados em eficiência energética, intrínseca aos conceitos de construção sustentável, levantando assuntos como investimentos, desafios e desenvolvimento de negócios no setor.
Devido à pandemia causada pelo Covid-19, tal período também tem sido identificado como pausa e reflexão para a indústria da construção, sobretudo para atenção, desenvolvimento e aplicação de condutas projetuais mais responsáveis com o meio ambiente.
Os moldes de construção atuais concentram cerca de 40% da pegada de carbono global e, mediante a este indicador – apenas um deles -, acredita-se que o momento reforça a necessidade de investir em projetos resilientes para atingir metas climáticas frequentemente discutidas – entretanto, agora, sob a mudança do enredo de aplicação como chave para obtenção de apoios políticos e financeiros para sua viabilização efetiva.
A união desses fatores converge para a elaboração de etapas de melhorias que possam inclusive auxiliar na criação de empregos e recuperação de lacunas econômicas no período pós-pandemia, através de posturas empresariais e públicas calcadas em traçar uma nova era de produção mais responsável:
- Otimização de sistemas mediante diminuição orçamentária
O distanciamento social pode facilitar a realização de auditorias, manutenção e reparos em equipamentos, edifícios, canteiros etc., garantindo por exemplo a eficiência energética de produção e implantação ao preparar-se para o momento de retorno das atividades.
- Atualização das operações conforme conceitos de responsabilidade ambiental
Após a otimização, sugere-se a adaptação de equipamentos e ocupações sob a ótica sustentável e resiliente, optando, a exemplo, por produtos de longo desempenho e projetos com adaptabilidade de uso.
- Compartilhamento de medidas sustentáveis com grupos acionistas
As construções que carregam consigo soluções projetuais resilientes e eficientes são atrativas aos negócios demandados por acionistas. Portanto, otimizar edifícios e alavancar modelos de financiamento e tecnologias avançadas são vantagens às empresas que buscam atuação responsável e ampliação de sua marca durante um período de recuperação.