O certame Reimagining Brooklyn Bridge (‘Reimaginando’ a Ponte do Brooklyn), promovido pelos Instituto Van Alen e Conselho da Cidade de Nova Iorque, anunciou nesta semana os projetos vencedores que procuram efetivamente desencadear uma nova conversa pública sobre a infraestrutura da cidade. Cada proposta foi escolhida através da combinação de votos do público com pontuações próprias do júri que, segundo suas considerações, afirma ter ficado “ainda mais claro com a pandemia COVID-19 [que] os espaços públicos e as opções de transporte devem ser projetados com equidade, saúde e sustentabilidade (…)”, e com isso em mente, “os projetos vencedores da competição recuperaram as vias da ponte para uso expandido de pedestres e ciclistas”.
Na categoria Profissional, a Brooklyn Bridge Forest – assinada por Scott Francisco, do Pilot Projects Design Collective, Cities4Forests, Wildlife Conservation Society, Grimshaw e Silman – imagina a estrutura como um ícone chave para a cidade no que diz respeito a ações climáticas e de igualdade social. Melhorando mobilidade e respeitando o antigo projeto, a histórica passarela de madeira é expandida usando pranchas de origem sustentável oriundas de uma floresta tropical de 80 mil hectares, na Guatemala. As ‘microflorestas’ em cada extremidade da ponte trazem a natureza para a cidade de Nova Iorque e servem como espaços verdes para comunidades carentes. “A Brooklyn Bridge Forest busca construir uma nova visão de sustentabilidade ambiental e equidade social – repensando este amado marco como uma forma de conectar a cidade de Nova Iorque e seus residentes às florestas e sistemas naturais que sustentam a vida para todos”, afirmou Scott Francisco.
Já na categoria ‘Jovem Adulto’, Do Look Down inova a partir da instalação de uma extensa superfície de vidro acima das vigas da antiga ponte. De autoria de Shannon Hui, Kwans Kim e Yujin Kim, jovens profissionais com no máximo 21 anos, a proposta cria um novo e excêntrico espaço para pedestres ativado por meio de instalações de arte e programação sazonal. A via inferior é convertida em espaço adicional para pedestres, ciclistas, vendedores e artistas locais. Enquanto isso, um sistema de pavimentação cinética extrai energia dos passos para alimentar monitores de LED e sistemas de projeção instalados tanto na ponte quanto ao seu redor, homenageando culturas, histórias e identidades da cidade. “Esta crise de saúde, além de suas interseções com a injustiça racial, ampliou violentamente as desigualdades sistêmicas construídas na infraestrutura urbana existente de Nova Iorque, e para designers e desenvolvedores continuarem a operar em um ‘vácuo’, seria tirar vantagem de uma posição de imenso privilégio”, depõe Shannon Hui.
Os finalistas do concurso foram selecionados por um júri interdisciplinar representando um amplo conjunto de perspectivas para a Ponte do Brooklyn – a saber: – Peg Breen, Andrew Brown, Marla Gayle, Jonathan Gardenhire, Danny Harris, Helen Ho, Isabella Joseph, Regina Myer, Amy Plitt. O grupo considerou os seguintes fatores para determinação dos finalistas: composição da equipe; acessibilidade e segurança; benefício e segurança ambiental; respeito pelo status de marco da ponte; viabilidade; e potencial transformação a partir de ideias que surpreendentes.
Confira detalhes sobre os projetos vencedores e finalistas
Vencedor na categoria Profissional
Brooklyn Bridge Forest
Autores Scott Francisco, do Pilot Projects Design Collective, Cities4Forests, Wildlife Conservation Society, Grimshaw e Silman
Vídeo do projeto
Vencedor na categoria Jovens Adultos
Do Look DownAutores Shannon Hui, Kwans Kim e Yujin Kim
Finalistas na categoria Profissional
Back to the Future
Autores BIG + ARUP
Vídeo do projeto
Bridge X
Autores ScenesLab, Minzi Long, Andrew Nash
Site do projeto
Finalistas na categoria Jovens Adultos
The Artery
Autores Lukas Kugler e New Milford
The Cultural Current
Autores Aubrey Bader e Maggie Redding