A campanha a favor da entrega retroativa do Pritzker de 1991 a Denise Scott Brown já obteve resultados. Isso porque a diretora-executiva da premiação, Martha Thorne, prometeu “tratar deste importante assunto com a atual comissão julgadora em sua próxima reunião”.
Marta disse, ainda, que esta é uma “situação excepcional”, já que cada premiado é escolhido por um grupo de jurados que muda ao longo dos anos. A escolha de Venturi se deu por um júri composto por J. Carter Brown, Ada Louise Huxtable, Ricardo Legorreta, Giovanni Agnelli, Toshio Nakamura, Kevin Roche, Lord Rothschild e Bill Lacy.
A atual comissão julgadora é composta, entre outros, por Lord Palumbo, Alejandro Aravena, Stephen Breyer, Yung Ho Chang, Glenn Murcutt, Juhani Pallasmaa, além de Martha Thorne.
Tal petição surgiu na última semana e faz parte de uma campanha encabeçada pelo grupo Women in Design (da Harvard Graduate School of Design) que solicita a inclusão de Denise Scott Brown no prêmio Pritzker de 1991, dado exclusivamente ao seu marido, o arquiteto Robert Venturi.
Ambos são sócios no escritório Venturi Scott Brown and Associates e, de acordo com a campanha, deveriam ser laureados em conjunto pela obra.
A petição em circulação no Facebook que pede a premiação retroativa da arquiteta, já foi assinada por mais de 1,7 mil pessoas, incluindo gente como Zaha Hadid (Pritzker em 2004), Farshid Moussavi e Hani Rashid.
Scott Brown está com 81 anos, enquanto Venturi tem 88. Ambos continuam realizando projetos e lecionando em cursos de graduação e pós-graduação de faculdades de arquitetura como a Universidade da Pensilvânia e a Universidade de Princeton, nos EUA.
A arquiteta afirma, de acordo com a petição, que sua exclusão do prêmio foi muito triste. “ Eles não me devem um prêmio Pritzker, mas uma cerimônia de inclusão. Saudemos a noção de criatividade conjunta”.