No Brasil, construções ecoeficientes movimentam mais de R$ 13 bilhões

De economia de energia a valorização imobiliária, a lista de vantagens dos edifícios ecoefientes tem chamado a atenção da sociedade brasileira nos últimos anos. E agora também se destaca no âmbito econômico

De economia de energia a valorização imobiliária, a lista de vantagens dos edifícios ecoefientes tem chamado a atenção da sociedade brasileira nos últimos anos. E agora também se destaca no âmbito econômico. De acordo com estudo realizado pela EY (antiga Ernst & Young), construções civis “verdes” movimentaram R$ 13,6 bilhões no país em 2012.

A pesquisa, feita a pedido do Green Building Council Brasil, considerou projetos registrados pelo selo LEED (“Leadership in Energy and Enviromental Design”, em inglês), concedido pela organização internacional. O valor dos imóveis que se registraram para a certificação alcançou 8,3% do total do PIB total de edificações, que, no ano passado, foi de R$ 163 bilhões. Em 2010, as construções ecoeficientes não ultrapassavam 3% do PIB setorial.

De acordo com a consultoria, o Brasil ocupa hoje o quarto lugar no ranking mundial de ecoedifícios, atrás somente dos EUA, China e Emirados Árabes. Para Luiz Iamamoto, gerente sênior da EY, é perceptível que a certificação LEED desperta interesse dos investidores, principalmente em empreendimentos comerciais de alto padrão.

“Quando os projetos certificados começaram a ser comprados, as construtoras viam esse tipo de investimento como custo adicional. Hoje já entendem que o investimento feito a curto prazo pode até ser mais alto, mas ele é recuperado na velocidade de venda das unidades, além de reduzir em até 10% os gastos em um condomínio, em razão de projetos de eficiência energética e reuso de água”, explica o gerente.