Igreja de São Francisco de Paula, Ouro Preto (MG) © Via Auroraeco

Memória patrimonial de Minas Gerais dá mais um passo com lançamento de Plano específico

Pela iniciativa da Secult - em parceria com o CAU/MG e outras instituições -, o 'Plano de Salvaguarda do Patrimônio Documental Arquitetônico e Urbanístico' compila uma série de diretrizes para que se execute, com maior consolidação, a política patrimonial no estado

No último 30 de março, foi lançado o novo Plano de Salvaguarda do Patrimônio Documental Arquitetônico e Urbanístico de Minas Gerais, elaborado pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), por meio do Arquivo Público Mineiro (APM), em parceria com outras instituições. A partir de uma série de diretrizes, que consistem em 15 ações direcionadas, o plano abrange o tema de preservação e memória arquitetônica e urbanística em Minas Gerais a partir de três eixos principais: diagnóstico e governança; preservação de arquivos; e democratização do acervo.

“O lançamento desse plano é o início de uma atenção maior aos projetos de arquitetura e urbanismo do estado. Tudo o que está no documento é como uma luz técnica, com clareza de objetivos sobre a salvaguarda de patrimônio arquitetônico e urbanístico”, pontuou o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira, durante o lançamento do documento.

Além de Oliveira, estavam presentes no evento de estreia o assessor Especial do Governo do Estado, Coronel Guedes, representando o vice-governador; a presidente do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG), Michelle Arroyo; a superintendente de Bibliotecas, Museus, Arquivo Público e Equipamentos Culturais, Flávia Botelho; a diretora do Arquivo Público Mineiro, Luciane Andrade Resende; a presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Minas Gerais, Maria Edwirges Sobreira Leal; entre outros representantes de instituições parceiras da Secult nesta iniciativa.

Sabe-se que o plano começa a ser executado a partir de seu lançamento, tendo duração bienal (2021/2022). Por meio da iniciativa, a Secult também pretende estimular a difusão dos acervos de arquitetura e urbanismo, franqueando acesso aos arquivos públicos de arquitetura e urbanismo custodiados pelo APM e promovendo o cadastramento dos arquivos privados de interesse público e social.

“O Arquivo Público Mineiro é o responsável por toda a documentação histórica de Minas e tradição de preservar os documentos arquitetônicos é uma consolidação da vocação que ele tem exercido ao longo desses anos. Agora, o nosso Arquivo será, também, um multiplicador do Plano, fortalecendo a política de documentação e salvaguarda em todo o território, que, esperamos, se torne perene”, continuou Leônidas Oliveira.

É importante dizer que o Iepha-MG também será um importante aliado do Arquivo Público Mineiro na execução do Plano. Segundo a presidente do Instituto, Michele Arroyo, ele vem ao encontro da reorganização e valorização do diálogo entre poder estadual com demais secretarias de cultura, assim como instituições ligadas à salvaguarda de acervos nos campos da arquitetura e do urbanismo.

A consolidação desse plano reflete um longo trabalho realizado por essa gestão. É muito positivo presenciar esse processo tão rico, que conta com intercâmbio das instituições parceiras, que nos auxiliarão no levantamento de informações e definições dos trabalhos. Outro fator positivo do plano é que ele amplia o sentimento de pertencimento do cidadão mineiro. Reflete na participação cultural e na memória afetiva dos moradores Minas Gerais, que podem se reconhecer no processo de salvaguarda. É fundamental proteger esse acervo e assegurar sua contínua democratização”, discorreu Arroyo.

Para a presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Minas Gerais (CAU-MG), Maria Edwirges Sobreira Leal, que reforça a visão colaborativa, a parceira com a Secult, o Iepha-MG e o APM é fundamental para ampliar a importância da salvaguarda dos acervos em Minas Gerais.

“Os registros do CAU têm um caráter mais técnico. Com a parceria firmada, nós vamos poder mobilizar a comunidade para colaborar com essa preservação, criando um círculo virtuoso, em que poderemos conseguir muitos frutos, já que também iremos auxiliar na salvaguarda do intelecto de tantos profissionais que colaboraram para a identidade arquitetônica e urbanística de Minas Gerais”, finalizou.

Confira a íntegra o lançamento do Plano de Salvaguarda do Patrimônio Documental Arquitetônico e Urbanístico de Minas Gerais.

 

* com informações do CAU/MG