Durante a 31ª edição da Bienal de São Paulo, o curador da mostra e arquiteto israelense Oren Sagiv vai dividir o pavilhão, projetado por Oscar Niemeyer, em quarto áreas distintas. Intitulada “Como falar de coisas que não existem”, o principal eventos de artes do país está previsto para ser inaugurado no dia 6 de setembro.
“O prédio não é como um conteiner todo igual por dentro, mas é composto por áreas distintas. Por isso, estamos propondo um modelo a partir das características do próprio edifício”, afirmou Sagiv em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo.
Batizada de “edifício parque”, a primeira das quatro áreas ocupa o térreo do pavilhão, onde serão instaladas arquibancadas para a realização de performances, debates e projeções. A fim de funcionar como um espaço aberto ao público geral durante todo o tempo, as catracas de entrada da Bienal estarão dispostas depois deste espaço.
O “edifício do meio”, uma zona intermediária, como o nome indica, engloba os três pavimentos do edifício e funcionará como um divisor para todos os setores. A rampa interna, onde geralmente são expostas obras monumentais, ficará vazia este ano. A verticalidade da estrutura será aproveitada, permitindo que os visitantes observem obras situadas em diversos andares.
Nos segundo e terceiro pavimento, o projeto prevê a disposição do “edifício exposição”, que reunirá a maior parte das obras, ocupando aproximadamente 5 mil metros quadrados dos 30 mil metros quadrados totais. Com vista para o parque Ibirapuera, um corredor vazio ao longo do lado esquerdo do volume vai funcionar como antessala para os espaços de exposição.
De acordo com o israelense Oren Sagiv, o projeto de divisão do pavilhão ainda poderá ser alterado conforme a necessidade das obras, que ainda estão em fase de desenvolvimento. A Bienal conta também com a colaboração da arquiteta Anna Helena Villela, do escritório paulistano Metrópole Arquitetos.