Designer de iluminação Ingo Maurer morre aos 87 anos

O inventivo criador de luminárias e esculturas luminosas faleceu nesta segunda-feira, 21 de outubro, na cidade alemã de Munique

Reprodução: site Ingo Maurer

Nascido em Reichenau em 1932, Ingo Maurer estudou tipografia e, aos 22 anos, interessou-se por design gráfico. Autodidata, estreou oficialmente em 1966, quando inaugurou seu estúdio Desing M e criou o primeiro artefato luminotécnico, batizado de “bulb” – espécie de lâmpada dentro de um invólucro de vidro também em forma de lâmpada, produzido ainda hoje.

A partir dali, deu início à série de esculturas luminosas que seriam sua marca registrada. Irreverente, rompeu com o pragmatismo do mercado de iluminação, obrigando os olhos a irem além do senso comum. Para Ingo Maurer, a inovação constante por meio da luz servia ao popósito de causar surpresa, despertando emoções e sensações nos usuários.

Não à toa, seu portfólio atravessou fronteiras e passou a constar de museus renomados, chegando a 120 endereços ao redor do globo. Alguns itens foram feitos com métodos mais artesanais, a exemplo de Zettel’z (1997) e MaMo Nouchies, parte de uma série japonesa. Muitos constam do MoMa, em Nova York, nos Estados Unidos, como Gulp (1969) e Porca Miseria! (1994), este feito de peças de cacos de cerâmica. 

Considerado um dos lighting designers mais influentes do mundo, Maurer tinha uma relação estreita com o Brasil, onde há mais de uma década é representado pela FAS Iluminação. Em 2016, época da sua última visita ao país, participou do lançamento do Estúdio Brasil Ingo Maurer, único endereço na América Latina que possui seu acervo completo, incluindo peças feitas com exclusividade para este projeto.

Confira algumas de suas criações na galeria de imagens.