A tradicional Premiação do Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento de São Paulo (IABsp), organizada a nível estadual desde 1967, anunciou nesta terça-feira, 17 de dezembro, os vencedores de sua 26ª edição, que acontece no contexto de celebração dos 80 anos do departamento.
Dentre as propostas recebidas, destacaram-se 17 obras localizadas no estado paulista, em categorias que permeiam quatro eixos principais – a saber: Edificações, Interiores e Design; Urbanismo, Planejamento e Cidade; e Campo Ampliado da Arquitetura e Urbanismo -, cujo propósito é o de proporcionar um retrato mais coletivo e, na medida do possível, mais diverso e complexo da produção recente, considerando pontos de vista distintos que representam as condições atuais da arquitetura e do urbanismo no Estado de São Paulo.
As categorias propostas nesta edição buscam aprimorar o equilíbrio entre diferentes práticas da arquitetura e do urbanismo, assim como reconhecer aquelas que foram sombreadas nos últimos anos, com o objetivo de fortalecer as múltiplas expressões de pensamento e prática de arquitetura e urbanismo”, explica o descritivo oficial do prêmio.
O modelo do prêmio contou com a premiação de até cinco trabalhos por eixo, selecionados a critério de cada equipe de júri, sem distinção classificatória. Para tanto, fizeram parte das equipes:
- Eixo I – Edificações: Cintia Lins, Eduardo Ferroni e Renata Fragoso Coradin;
- Eixo II – Interiores e Design: Bel Xavier, Elisa T Martins e Ester Carro;
- Eixo III – Urbanismo, Planejamento e Cidade: Humberto Kzure-Cerquera, Joice Berth e Lucas Nassar;
- Eixo IV – Campo Ampliado da Arquitetura e Urbanismo: Lahayda Mamani, Marina Frúgoli e Paulo Tavares.
Agora a 26ª Premiação IABsp entra em fase de votação popular, ou seja, até 20 de dezembro, às 12h, o público poderá eleger a obra premiada que também receberá o Selo Grande Prêmio da Edição. Para tanto, basta acessar o formulário oficial neste link e enviar a escolha. O resultado será publicado em 20 de dezembro.
A 26ª Premiação IABsp foi organizada exclusivamente em etapa estadual, dirigida por Comissões Organizadoras de cada departamento, alinhada com as premissas estabelecidas pelo Grupo de Trabalho Premiações, Exposições e Eventos Permanentes da Comissão de Política Profissional do IAB (GPE/CPP-IAB), atuante em escala nacional.
Confira os ganhadores!
Eixo I – Edificações
Habitação de Interesse Social (HIS)
Biselli Katchborian Arquitetos Associados: Conjunto Heliópolis – Gleba G
Local: São Paulo, SP
Autores: Mario Biselli e Artur Katchborian
Equipe: Melina Giannoni de Araujo, Adriana Godoy, André Biselli Sauaia, Cássio Oba Osanai, Guilherme Filocomo, Luiza Monserrat, Marcelo Santos Checchia, Maria Fernanda Vita, Priscila Dianese, Vinicius Figueiredo, Ana Carolina Ferreira Mendes, Carla Gotardello, Hugo Rossini
PRANCHA DO PROJETO
Descrição enviada pela equipe de projeto. Intervenção realizada em Heliópolis, este projeto faz parte do Programa de Reurbanização de Favelas da Prefeitura de São Paulo, através da Secretaria de Habitação. O projeto localiza-se na entrada da comunidade, em uma posição de conexão entre a cidade formal e a cidade informal. São edificadas 420 unidades habitacionais de cerca de 50 m² cada, totalizando aproximadamente 31 mil m² de construção.
A habitação social está pensada a partir da quadra urbana como construção da cidade, privilegiando os espaços públicos de interesse do morador, com inclusão de programa comercial e de serviços no nível térreo.
A relação espaço/cidade baseia-se no modelo da “quadra europeia”, com implantação sem recuos e com pátio interno, acessado através dos pórticos, criando fluída conexão potencializada pelo desenho paisagístico.
Os desníveis naturais da geografia do lugar permitiram a construção até oito pavimentos sem elevadores, com acessos em diversos níveis e em conformidade com a legislação. Para conexão entre blocos, se estabelece um conjunto de passarelas pontes que, enquanto permitem o aproveitamento máximo dos coeficientes de construção, são parte fundamental da identidade do projeto.
Residencial
Terra e Tuma: Edifício Tico Indiana
Local: São Paulo, SP
Autores: Danilo Terra, Fernanda Sakano, Juliana Terra e Pedro Tuma
PRANCHA DO PROJETO
Descrição enviada pela equipe de projeto. O Edifício Tico Indiana está localizado no bairro do Brooklin, em São Paulo. A região é caracterizada pelas vias arborizadas, ocupadas por sobrados residenciais implantados em lotes de grandes dimensões.
Estas qualidades se constituem, principalmente, a partir das normas municipais que restringem a construção de torres em altura, empreendimentos convencionais propostos pelas incorporadoras em São Paulo.
Neste contexto foi necessário renovar os olhares sobre a produção imobiliária tradicional, promovendo o adensamento, a diversidade de uso e restabelecendo a relação do edifício com a cidade.
Com o objetivo de potencializar a dinâmica das duas lojas, que compõem a fachada ativa, e receber os moradores com maior conforto, ampliamos a calçada pública (7 metros) e integramos visualmente a rua e o jardim interno.
Propusemos a implantação do conjunto de forma a preservar uma extensa área ocupada pela vegetação existente, com árvores de grande porte, e que somada às demais áreas ajardinadas totalizam 50% do terreno de 1.000 m².
O conjunto, integrado ao seu entorno, é uma alternativa a ser incorporada ao repertório da construção do espaço urbano, na difícil tarefa de equalizar as demandas do mercado e a necessidade de se produzir uma cidade mais gentil.
Restauro, retrofit e requalificação
Arquitetos Associados: Pina Contemporânea
Local: São Paulo, SP
Autores: Alexandre Brasil, André Luiz Prado, Bruno Santa Cecíia, Carlos Alberto Maciel, Paula Zasnicoff e Silvio Oksman
Equipe: Carolina Miguez, Marcos Vinícius Lourenço e Rafael Gil Santos (coautores); Filipe Gonçalves, Magno Rizzi, Mariana Lima (colaboradores); Amanda Castilho, Ana Luísa Schoenell, Jairo Câmara, João Victor Ortiz e Matheus Rosendo (estagiários); Heloisa Maringoni – Companhia de Projetos (projeto estrutural)
PRANCHA DO PROJETO
Descrição enviada pela equipe de projeto. O projeto tem como propósito transformar um espaço anteriormente confinado em uma praça pública, generosamente aberta para a cidade e o Jardim da Luz. Edita, à escala urbana, o princípio de atravessamento implantado à escala arquitetônica na Pina Luz pela intervenção de Paulo Mendes da Rocha três décadas antes.
A disposição espacial dos restos da antiga Escola Modelo da Luz e do Convênio Escolar orientou o projeto para formar um conjunto de grande unidade, qualificado pela sombra acolhedora e iluminada da nova cobertura. No subsolo, a Grande Galeria oferece um espaço expositivo flexível.
Além do reuso adaptativo de construções históricas, o projeto adota soluções sustentáveis, como a construção industrializada em MLC e aço, minimizando o impacto da implantação nas edificações tombadas e no Jardim da Luz, e inclui infraestruturas voltadas para o reaproveitamento de água e a geração de energia, certificadas com LEED Silver.
A conexão com o Jardim da Luz e o foco no acesso público têm o objetivo de oferecer um ambiente culturalmente rico e acolhedor para a comunidade em um contexto social e ambientalmente sensível. O projeto concebe uma intervenção delicada e não monumental, proporcionando uma experiência memorável.
Restauro, retrofit e requalificação
Pedro e Paulo Bruna Arquitetos Associados: Sociedade de Cultura Artística
Local: São Paulo, SP
Autores: Paulo Bruna, Pedro Bruna, Philippe Metropolo
Equipe: Katia Vieira, Elnei Tavares, Adriana Marcus
PRANCHA DO PROJETO
Descrição enviada pela equipe de projeto. Desde 1919, a Sociedade de Cultura Artística acalentou ter seu próprio teatro. Entre os anos de 1947 e 1950 o teatro projetado por Rino Levi, Roberto Cerqueira Cesar e F Pestalozzi é construído com enorme entusiasmo. A inauguração realizada nas noites de 8 e 9 de março de 1950 ficou a cargo dos maestros e compositores Heitor Villa-Lobos e Camargo Guarnieri, que preparam concertos para a ocasião.
A parede externa recebeu um grande mural escolhido em concurso no qual participaram o pintor Emiliano Di Cavalcanti, que foi o escolhido, o paisagista Roberto Burle Marx e o arquiteto Jacob Ruchti.
Na madrugada de domingo 08 de agosto de 2008 o teatro foi praticamente destruído por um incêndio, restando intactos apenas o foyer inferior, o superior e o magnífico painel.
O Cultura Artística, recém-inaugurado, tem quatro andares e um total 7,6 mil m² de área construída. São duas salas de espetáculo: a principal, com capacidade de 750 lugares e um auditório flexível com 200. O novo Cultura Artística mantém um diálogo próximo com o original de Rino Levi, preservando e valorizar as características que fizeram do antigo teatro um importante marco da arquitetura moderna da cidade, com áreas comuns tombadas em nível municipal, estadual e federal.
Equipamentos, indústrias e serviços
SIAA + Apiacás: SESC Franca
Local: Franca, SP
Autores: Bruno Valdetaro Salvador, Anderson Freitas, César Shundi Iwamizu
Equipe: Acácia Furuya, Alexandre Gervásio, Ana Julia Chiozza, Andrei Barbosa, Arthur Lamberti, Artur Ferreira Lacerda, Barbara Francelin, Bettina Mendieta, Bruna Tonini, Carlos Ferrata, Cecília Torrez, Daniel Constante, Daniela Andrade, Daniela Suguiyama, Eduardo Gurian, Fábio Garrafoli, Fabio Teruia, Felipe dos Santos, Fernanda Britto, Francisco Veloso, Gabriela Galuppo Parisi, Gabriela Pini, Gabriela da Silva Pinto, Henrique Costa, Julia Simas de Araujo Moreira, Julia Moreno Villaça, Leonardo Nakaoka Nakandakari, Lorran Siqueira, Luca Caiaffa, Maíra Barros, Marcelo Otsuka, Maressa Freitas Burger, Maria Wolf, Marina Saboya, Matheus de Paula D’Almeida, Pedro Barros, Pedro Henrique Van Geen Poltronieri Malheiros, Pedro Paredes, Pedro Petry Franceschini Freire, Rafael Carvalho, Rafael Goffinet, Rodrigo Mendoza, Vitor Costa, Viviane Baldi
PRANCHA DO PROJETO
Descrição enviada pela equipe de projeto. Um lugar disponível a acontecimentos, programados ou fortuitos, coletivos ou individuais. A unidade Sesc em Franca é, em sua essência, uma quadra urbana aberta, tanto na relação que propõe com o contexto ao redor quanto pelo caráter público proveniente da fluidez espacial de seu interior. Com aberturas e acessos nos quatro lados do perímetro do quarteirão, o pedestre estará livre para atravessá-lo. Tal travessia será sempre uma experiência singular de contato com distintas atividades culturais e esportivas.
O projeto parte de uma relação entre dois núcleos programáticos nas extremidades do lote, que funcionam como dois polos opostos. Junto à rua Rio Grande do Sul, o bloco quadrado maior concentra os programas de uso público e coletivo. Ao longo da rua Dr. Nelson Presotto, posiciona-se um volume linear destinado a funções administrativas e serviços.
A intermediação é feita por três patamares voltados às atividades ao ar livre, com áreas de lazer infantil, piscinas, quadra poliesportiva e campo de futebol. Desenhados de acordo com a topografia original do terreno, cada belvedere opera como uma extensão dos programas posicionados no interior dos blocos.
Tectonicamente, a edificação fundamenta-se na dialética entre peso e leveza. Compostos de argamassa leve, painéis variavelmente perfurados envelopam o embasamento. O arcabouço estrutural superior de estrutura metálica opera tanto para a cobertura quanto para parte considerável da fachada, a qual alterna opacas chapas metálicas corrugadas e outra pele com perfurações, que revela os perfis estruturais. Dentre esses elementos emerge um prisma regular de concreto aparente, que de certo modo antecipa a materialidade predominante nos espaços internos principais.
Amplas áreas de estar, convívio, encontro e ócio sobrepõem-se às circulações -corredores abertos, passarelas e escadas -, que articulam os diferentes acessos, salas, teatro, quadra e piscinas cobertas. O resultado dessa justaposição é um grandioso e imponente espaço central visualmente integrado, que possibilita uma percepção de congregação cívica. A monumentalidade espacial se fortalece com a abundante iluminação natural proveniente dos grandes sheds na cobertura.
Eixo II – Interiores e Design
Arquitetura de interiores
Sabiá Arquitetos + Pianca Arquitetura: Cobertura Barão de Tatuí
Local: São Paulo, SP
Autores: Beatriz Marques, Guilherme Pianca, Nilton Suenaga
Equipe: Beatriz Nobumoto (co-autoria)
PRANCHA DO PROJETO
Descrição enviada pela equipe de projeto. O projeto de reforma lidou com um apartamento de características singulares e incontornáveis: uma área coberta conformada numa geometria muito estreita, linear e irregular rodeada por varandas em suas três faces. A fim de tirar proveito da forte presença destes quintais, o projeto teve como cerne o desejo de construir uma casa no topo de um prédio.
A intervenção usou os locais de alargamentos desta varanda contínua para definir os programas internos, procurando identificar a melhor forma de estabelecer diálogos entre interior e exterior: junto ao acesso da unidade e ligado ao trecho mais amplo da varanda é configurada a cozinha e a sala de estar; junto a esquina e com vista para a Paróquia Imaculado Coração de Maria é instalada um tanque d’água e ambiente de estar externo que se associa ao quarto principal do apartamento; e por fim, no alargamento de geometria mais regular da varanda e voltado para o norte é posicionada a lavanderia, segundo quarto e banheiro social. Face a forte deterioração a cobertura foi refeita. Tirando proveito desta ação de obra, o projeto recompõe as tesouras da estrutura da sala, viabilizando um shed para tornar mais complexa e rica a iluminação deste ambiente.
Arquitetura de interiores
Matheus Alves e Nina Akl: Casa de Francisca – O Largo
Local: São Paulo, SP
Autores: Matheus Alves, Nina Akl e Rubens Amatto
Equipe: Natalia Tsai
PRANCHA DO PROJETO
Descrição enviada pela equipe de projeto. O “Largo”, nome do novo espaço de rua que faz reverência à importância dos espaços públicos de convivência e manifestações diversas, foi desenhado com um longo balcão sinuoso de mármore verde e faz a frente das vitrines e retirada dos pedidos. A reforma traz alusão aos bares clássicos das regiões centrais, com balcão revestido em lambris amadeirados e possuem nichos de pedra para os clientes deixarem os pertences. A cozinha com braseiro e vitrine de acepipes oferecem um espaço aberto e acolhedor para as pessoas que transitam no calçadão. Subindo as escadas, o mezanino respeita a fachada e valoriza o pé direito duplo, antes condenado como estoque de mercadorias, e dialoga com o desnível da Rua Quintino Bocaiúva, criando relações visuais diretas de dentro e de fora do palacete com uma bancada em madeira maciça que contorna a frente do mezanino. A materialidade em estrutura metálica marcada na cor bordô e o recuo das fachadas faz com que a adequação do local fique mais evidente e valorize também a arquitetura eclética do edifício centenário.
Um projeto desenhado com o propósito de promover os encontros e a convivência entre as pessoas, dentro e fora do imóvel, e na contramão de todo abandono da região central da cidade.
Arquitetura efêmera
Stella Tennenbaum Projetos: Línguas Africanas que fazem o Brasil
Local: São Paulo, SP
Autora: Stella Tennenbaum
Equipe: Maristella Pinheiro e Matheus Perelmutter
PRANCHA DO PROJETO
Descrição enviada pela equipe de projeto. A exposição “Línguas africanas que fazem o Brasil”, aberta em maio de 2024 no Museu da Língua Portuguesa, explora as profundas influências das línguas africanas na formação do português falado no Brasil. A curadoria destaca como línguas como o iorubá, eve-fom e as línguas bantu, moldaram o vocabulário, a pronúncia e a estrutura do português no país.
A exposição não apenas revela como o vocabulário e a gramática do português brasileiro são permeados por termos e construções provenientes de diversas línguas africanas, mas também examina a permanência dessas influências em outras manifestações culturais, como a música, a arquitetura, e as religiões afro-brasileiras. Um exemplo disso é o uso de palavras como “caçula” e “cochilar”, que têm raízes em línguas africanas. Além disso, a exposição ressalta a importância das práticas religiosas como linguagem, a exemplo do uso de búzios e alguidares com obi.
Entre os destaques da mostra, estão as obras do artista J. Cunha e de Aline Motta, que exploram a relação entre grafias e simbolismos africanos; e as esculturas de Rebeca Carapiá, que dialogam com frequências afrocentradas. A exposição também faz referência a canções populares brasileiras que nasceram da fusão linguística, como “Escravos de Jó”, mostrando como o português e as línguas africanas se influenciaram mutuamente.
Outros elementos culturais, como o uso de turbantes, que indicam hierarquia no candomblé, e tranças, que eram usadas como mapas de fuga durante a escravidão, também são abordados. A mostra oferece ainda projeções interativas, apresentações de artistas e entrevistas com especialistas, destacando a importância das línguas africanas na formação da identidade cultural do Brasil, sublinhando como as línguas africanas não apenas sobreviveram ao longo dos séculos, mas também continuam a moldar o cotidiano brasileiro, refletindo as contribuições das comunidades afrodescendentes para a cultura nacional.
A expografia se desdobra do conceito curatorial, cuidando para que tudo seja linguagem: os espaços, significados e simbologias são conectados espacialmente e contaminam uns aos outros.
O centro do espaço é ocupado e convida o corpo a circular e descobrir conexões entre palavras, obras, sons e sentidos. O uso de espelhos ao longo da exposição provoca o visitante a se implicar e refletir o quanto se reconhece no universo exposto, o quanto há de linguas e linguagens africanas em si.
Arquitetura efêmera
Ruína Arquitetura: Time Transition
Local: São Paulo, SP
Autoras: Julia Peres e Victoria Braga
PRANCHA DO PROJETO
Time Transitions é uma instalação pública desenvolvida para a segunda edição da Trienal de Arquitetura de Sharjah “Beleza da Impermanência: Uma Arquitetura de Adaptabilidade”, com curadoria da arquiteta Tosin Oshinowo.
Descrição enviada pela equipe de projeto. Localizada na entrada do antigo Mercado de Vegetais Al Jubail em Sharjah – Emirados Árabes Unidos, a instalação de 18 metros de altura funciona como um observatório para recuperar a vista do antigo mercado para a orla marítima. Apesar de ser considerado um exemplar da arquitetura moderna em Sharjah, o antigo mercado – construído em 1980 – foi desativado e teve a sua demolição iminente. A construção de seu sucessor do outro lado da rua envolveu uma significativa intervenção que incluiu o aterramento de parte da orla e o consequente afastamento do seu antecessor de décadas.
Enquanto o antigo mercado foi projetado a partir dos princípios de condicionamento térmico passivo, a arquitetura do novo mercado é resultado do uso da climatização artificial como ponto de partida. Frente a frente, as duas arquiteturas evocam reflexões acerca das transformações espaciais que moldaram Sharjah nas últimas décadas.
O projeto da instalação toma como referência formal as milenares torres de vento – uma tecnologia arquitetônica vernacular de resfriamento de edifícios – simbolizando novos ares para o mercado recentemente abandonado, e agora novamente habitado. O elemento vertical em uma região com edifícios de menor gabarito faz a vez de destacar a presença do antigo mercado na paisagem urbana.
Optou-se por utilizar o sistema de andaimes devido a agilidade de montagem/desmontagem e a possibilidade quase que infindável da sua reutilização após o término da Trienal, evitando a geração de descartes – comum aos grandes eventos de arquitetura. Blocos de resíduos de demolição foram incorporados à estrutura como contrapesos. À noite, os blocos ganham destaque graças à iluminação, em uma provocação que eleva-os à condição de artefatos arqueológicos de um tempo não linear. A estrutura é parcialmente coberta por uma tela de sombreamento, sugerindo uma arquitetura ainda em (e constantemente em) construção. A tela se sobrepõe à paisagem percebida pelo visitante ao percorrer a instalação, além de garantir maior conforto térmico durante o dia.
“Time Transitions” trata da impermanência e necessidade de adaptação, mas é também um convite à reflexão sobre o significado de uma arquitetura de regeneração que valorize as tradições culturais e a promoção de políticas de reintegração dos espaços urbanos abandonados no tecido da cidade. A partir dessas reflexões, vislumbramos outras epistemologias para arquitetura, a partir da ideia de que as ruínas materiais e imateriais desempenham um papel fundamental para repensar nossos possíveis futuros em um presente distópico.
Objeto
OF BRASILIS: Cadeira MEIO-FIO
Local: São Paulo, SP
Autora: Julia Nogueira
Equipe: Marcenaria Fina Gasparini por Caio Gasparini (colaboradores)
Créditos: Israel Lima (foto); Israel Lima e Diego Nogueira (imagens); Laura Nogueira (produção executiva); Julia e Deslange (modelos)
PRANCHA DO PROJETO
Descrição enviada pela equipe de projeto. “Papo de meio-fio ou uma fofoca de meia hora?” A MEIO-FIO é uma cadeira de 3 apoios com seus beirais laterais em evidência. Menor em suas pontas justamente para que possa dar espaço às conversas banais que surgem à beira da calçada. Movimento comum no interior das cidades brasileiras e algumas periferias das capitais, a antiga conversa de calçada ainda resiste ao tempo como um forte costume da nossa cultura. Produzida em madeira pequiá maciça com acabamentos nas opções natural e coloridos: verde-palmeira (fotografias) e azul danúbio. Seu desenho é leve, simplificado e equilibrado com uma cadência entre linhas horizontais e verticais que trazem dinamismo à peça e otimização da matéria prima.
Essa cadeira faz parte de uma coleção de objetos inspirada em costumes, expressões e experiências culturais, no caso da cadeira particularmente a ideia de sentar na calçada e ter conversas banais com os vizinhos. MEIO-FIO é justamente o ENTRE a rua e a calçada. Esse lugar entre traz uma dualidade dando margem para uma brincadeira ser proposta criando uma divisão no desenho do produto e fotografias do objeto.
Eixo III – Urbanismo, Planejamento e Cidade
Desenho e paisagem urbana
Superlimão: LAPI
Local: São Paulo
Autores: Thiago Rodrigues, Lula Gouveia, Antonio Carlos Figueira de Mello
Equipe: Leticia Brunetti Domingues, Ana Cristina Galante, Brunna Bianco Dourado, Diogo Matsui, Inaiá Brinhole, Maria Fernanda Elaiuy, Karina Godois, Pâmela Paffrath, Julia Helena Lima Berreta, Thais de Matos, Marcos Vinícius de Andrade, Ana Carolina César, Ana Julia Senno, Caco Cruz, Daniella Rosa, Fernando Ferrari, Fernando Richart, Giovanna Aguiar, Heloisa Bataier, Igor Tsopanoglou, Livia Kannebley de Almeida Nogueira, Luisa Martins, Maria Fernanda Bellodi, Ricardo Tortorello, Weslley Kapor
PRANCHA DO PROJETO
Descrição enviada pela equipe de projeto. Se o bairro de Pinheiros, na Zona Oeste de São Paulo, passa atualmente por uma intensa transformação, a região do Largo da Batata – uma das áreas historicamente efervescentes do bairro – dá um novo passo em sua requalificação com a inauguração do empreendimento LAPI, em março de 2024. Desenvolvido pela Jacarandá Capital, com arquitetura do Superlimão e masterplan do Spol, o empreendimento ocupará quase 10 mil m² de terreno, resultado da integração de 29 imóveis dispostos em três quadras.
Adquiridos pela desenvolvedora, os 29 lotes formarão, ao final do projeto, um complexo de uso misto com lojas, restaurantes, apartamentos e salas comerciais, em um conjunto arquitetônico que mescla retrofits e novas construções.
Nesta primeira fase, a ser inaugurada este mês, será entregue a Quadra 2, que conecta as ruas Fernão Dias e Guaicuí e que vai receber lojas e restaurantes, todos com fachada voltadas para uma praça interna equipada com mobiliário urbano e um grande ingazeiro. A previsão é que o empreendimento LAPI seja inaugurado por completo até o segundo semestre de 2024.
Uma nova experiência de permanência na cidade: LAPI se integra ao principal hub de transportes da zona oeste e estabelece uma importante ocupação ao ar livre
Integração é uma das palavras-chave do LAPI – combinação entre as primeiras sílabas de ‘Largo’ e ‘Pinheiros’, a área é ponto estratégico de intersecção com as principais vias da cidade, e configura o principal hub de transporte público intermodal da Zona Oeste, com circulação de milhares de pessoas por dia.
Neste cenário, a partir da requalificação das quadras, o LAPI estabelece uma nova experiência de ocupação ao repensar o espaço urbano de modo eficiente, inclusivo, que preserve a identidade do bairro e estabeleça um marco com potencial transformador.
“A ideia é que o bairro integre gradualmente essas novas utilizações dos espaços, de modo que esse fluxo, partindo do LAPI e se expandindo para além da quadra, contribua para aprimorar a segurança urbana, o convívio e a qualificação tão desejados do Largo”.
A partir de um mapeamento de fluxo de pessoas e seu perfil, a concepção partiu de uma cuidadosa curadoria de serviços, lojas e restaurantes, intercalados com áreas de negócios e lazer.
A proposta é manter o espaço em movimento pelo máximo período possível, gerando fluxo de pessoas, iluminação e segurança.
Demolir e construir: novos espaços abertos por uma cidade mais dinâmica
O LAPI abre as portas em um momento de transformação da região, resultado da Operação Faria Lima e de outros movimentos do Plano Diretor que estimulam o diálogo entre o desenvolvimento de negócios e as necessidades urbanas. Pensando no impacto direto do LAPI na escala do usuário, a concepção do empreendimento é baseada no respeito e preservação da memória local, priorizando a reutilização e revelando a história da cidade tanto nos retrofits quanto nas novas construções.
A valorização das áreas desocupadas é um aspecto crucial do projeto. Construções irregulares e sem atributos arquitetônicos foram estrategicamente demolidas para criar espaços abertos que proporcionam luz, ventilação e permeabilidade visual. Este processo não só revitaliza o ambiente, mas também contribui para melhoria estética e funcional, transformando áreas antes negligenciadas em espaços dinâmicos.
A fruição revela uma abordagem que potencializa a interação com o entorno urbano, além de abordar questões urbanísticas fundamentais, como a fachada dinâmica com lojas voltadas para a rua e outras para o interior.
Todas as circulações foram direcionadas para os interiores, seguindo a proposta de que, em edifícios residenciais, a entrada ocorrerá pelo interior do empreendimento. Essa abordagem é igualmente aplicada às unidades comerciais, às quais o acesso acontece exclusivamente por espaços internos.
Em empreendimentos de uso misto como o LAPI, garantir que há escritórios operando até tarde e residências com acessos não restritos a determinados horários mantêm movimentação constante de pessoas. Ao concentrar todos os acessos internamente, o objetivo foi criar uma atmosfera ativa e vibrante, essencial para a fruição do espaço.
Sustentabilidade: novo uso para antigas construções e materiais
A sustentabilidade do empreendimento está na capacidade de uso eficiente dos recursos, preservando ao máximo as construções existentes e reduzindo descartes de obra. Com a gestão dos resíduos das demolições, 20 metros cúbicos das madeiras originais dos telhados foram reaproveitados na fabricação do mobiliário urbano que ocupa as áreas comuns. Além disso, as telhas cerâmicas, após serem demolidas, foram integradas ao piso do projeto.
A busca por práticas sustentáveis também inclui investimentos em tecnologias para otimização energética e consumo de água, reforçando o compromisso com práticas contemporâneas e ambientalmente conscientes.
Com as áreas remanescentes resultantes da soma de fachadas ativas e demolição de áreas irregulares em todos os lotes, foram depositadas ainda metragens de áreas novas edificadas em sistemas estruturais atuais e otimizados, anexados às estruturas existentes. O resultado é uma abordagem que preserva o original e significativo, estabelecendo um diálogo harmonioso entre passado e presente.
Planejamento urbano
Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento – SMUL: Requalificação da Rua Leôncio de Carvalho – Bulevar do Rádio
Local: São Paulo, SP
Autores: José Armênio de Brito Cruz, Pedro Fernandes, Rafael Castelo, Fernanda Pitombo, Letícia Zuffo, Jayne Andrade, Thais Nagata, Rafael Castelo, Renan Hayashi, Jacques Iatchuk, Cássio Abuno, Isabela Luisi, Ana Makul, Aline Gaspar, Luiza Meuchi, Priscila Cruz, Natalie Lagnado, Gabriella Lavagetti.
Equipe: Nayara Garcia, Juliana Balazs (estagiários); Subprefeitura Vila Maria – SUBVM, SESC São Paulo, Itaú Cultural
PRANCHA DO PROJETO
Descrição enviada pela equipe de projeto. A requalificação urbana da Rua Leôncio de Carvalho (Bulevar do Rádio) teve como objetivo criar uma área de convivência, lazer, cultura e priorização do pedestre. O espaço está localizado entre a Avenida Paulista e a Alameda Santos, na Subprefeitura Vila Mariana.
No Bulevar do Rádio, as guias e sarjetas foram suprimidas e receberam um novo sistema de microdrenagem e uma nova pavimentação, com piso no mesmo padrão utilizado na Avenida Paulista. A rua e as calçadas foram niveladas, criando um ambiente urbano gentil e totalmente voltado ao pedestre. Além destas obras, o Bulevar do Rádio recebeu as seguintes intervenções: nova iluminação pública, novo mobiliário urbano e ampliação das áreas verdes com implantação de novo paisagismo. Com essas intervenções, o bulevar contribuiu com o aumento da segurança viária e da acessibilidade, estimulando a caminhabilidade e conexão entre os pedestres.
O Bulevar do Rádio foi resultado do Acordo de Cooperação entre a Secretaria de Urbanismo e Licenciamento de São Paulo, a Subprefeitura Vila Mariana, o Sesc São Paulo e o Itaú Cultural, no qual os parceiros da Prefeitura de São Paulo realizaram o custeio do projeto, da obra, da manutenção e da realização de atividades socioculturais gratuitas no local.
Infraestrutura verde e soluções baseadas na natureza
Ateliê Navio: Parque Naturalizado Novo Horizonte
Local: Jundiaí, SP
Autoras: Ursula Troncoso, Beatriz Paiva, Giovanna Tozzi, Isadora Garcia, Raíra Spera, Luri Russo
Equipe: Camilla Duarte, Michele Pinheiro
PRANCHA DO PROJETO
Descrição enviada pela equipe de projeto. O Parque Naturalizado faz parte da Área da Infância do Novo Horizonte e é um espaço que incentiva o brincar livre, a interação social e a conexão com a natureza, promovendo brincadeiras mais ativas e criativas.
O projeto foi desenvolvido a partir da escuta com crianças de três escolas públicas próximas e adapta soluções baseadas na natureza, como um jardim de chuva e uma horta comunitária.
Outro diferencial do parque é a inclusão, que se manifesta através dos brinquedos e sinalização acessíveis. O parque possui estruturas de brinquedos para a primeira infância, recursos para crianças com transtorno do espectro autista (TEA) e balanços com assentos para cadeirantes.
Elementos da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), Braille e Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA) foram incorporados. As placas foram elaboradas com o intuito de incentivar a interação das crianças com os elementos paisagísticos.
Mais de 1,8 mil m² de área verde foram requalificados para proporcionar às crianças do Jardim Novo Horizonte mais contato com a natureza e oportunidades de brincar ao ar livre. Localizado em uma área periférica próxima ao rio Jundiaí, todo o projeto do Parque Naturalizado contempla a relação com a água, com solo e pista de caminhadas permeáveis, bebedouros com desenhos de peixes locais, jardim de chuva e um túnel com esguichadores de água.
Mobilidade
Ateliê Navio: Bicicloteca
Local: Jundiaí, SP
Autoras: Ursula Troncoso, Beatriz Paiva, Giovanna Tozzi, Isadora Garcia, Raíra Spera, Luri Russo
Equipe: Michele Pinheiro
PRANCHA DO PROJETO
Descrição enviada pela equipe de projeto. A ideia da Bicicloteca surgiu a partir da escuta com as crianças que demonstraram grande interesse em andar de bicicleta, porém disseram não ter espaço, incentivo ou infraestrutura adequada para isso. Este equipamento serve como um ponto de apoio e disseminação da cultura da bike a da mobilidade ativa, principalmente entre as crianças que estão aprendendo a pedalar.
Além de trazer benefícios significativos à saúde, o uso da bicicleta busca uma mudança de paradigma da mobilidade urbana, saindo da base do automóvel particular para meios mais sustentáveis. Diminuindo assim a emissão de poluentes, não contribuindo para o congestionamento e se apresentando como um meio de transporte com melhor custo-benefício.
A Bicicloteca busca trazer potência da bike, da mobilidade ativa, e da educação para cuidar das pessoas e do planeta. O que se potencializa pelo fato de ser um equipamento gratuito e aberto à população.
Como parte do processo de implementação, ocorreu um ciclo de formação com instrutores que ficam disponíveis para fazer os reparos nas bicicletas e também ensinar as crianças a pedalar. Duas unidades piloto foram implementadas na cidade de Jundiaí/SP.
Na mesma área da implementação da primeira Bicicloteca há uma ciclofaixa educativa, que foi instalada com o intuito de trazer segurança para as crianças pequenas que querem pedalar no contexto urbano.
Outra vantagem do equipamento é a reutilização de containers, o que facilita a replicação e expansão. A intenção é que esse projeto seja implantado em outros lugares, cidades e estados para beneficiar ainda mais crianças, e a população em geral, no incentivo à cultura da mobilidade ativa.
Eixo IV – Campo Ampliado da Arquitetura e Urbanismo
Publicações
Grupo PC3 – Pensamento Crítico e Cidade Contemporânea: Cadernos de Habitação Coletiva (CHC)
Local: São Paulo, SP
Autores: Marcos L. Rosa, Leandro Medrano, Luiz Recamán, Helena Ayoub, André Góes M. Antonio (CHC015); Carla dos Santos Gomes (CHC015-16); Paulo Yuh Izuka Yamakami (CHC013), Mathews Vichr Lopes (CHC014); Carlos Eduardo de Souza Silva(CHC017); Giovanna Romanelli Amorim (CHC018); Laura Hicaru Onuki (CHC019); Isadora da Costa Barro Novo (CHC020); Paulo Avelar Oliveira Libório Dourado (CHC021)
Equipe: Katrin Rappl (pesquisa e revisão CHC013-CHC016); Renata Latuf de Oliveira Sanchez (pesquisa e revisão CHC015); Cássia Bartsch (pesquisa e revisão CHC013-CHC016); Alessandro Muzi (revisão); Carolina Akemi (revisão); Conselho Editorial 2016-2021 (Marcos L. Rosa, Leandro Medrano, Luiz Recamán, Helena Aparecida Ayoub Silva, Marta Bogéa); Matheus Pereira (apresentação CHC015); Daniel Movilla (apoio editorial); GIVCO, Paulo Chagas [bloco gráfico] (desenho gráfico); LPG-Seção Técnica de Produção Editorial FAUUSP (André Luis Ferreira, José Tadeu de Azevedo Maia); Alessandra Fudoli (Estágio e revisão CHC013-CHC016); M. Lúcia Gonçalves L. Rosa (revisão)
Parceiro internacional: GIVCO – Grupo de Investigación em Vivienda Colectiva, responsável pelos Cuadernos de Vivenda Colectiva (CVC), na ETSAM-UPM, Espanha (Carmen Espegel Alonso)
ARQUIVO DO PROJETO
Descrição enviada pela equipe de projeto. Os CHC decorrem de um acordo de cooperação entre pesquisadores da FAUUSP com ETSAM-UPM, que resultou na elaboração de uma versão brasileira dos Cuadernos de Vivienda Colectiva (CVC), originalmente desenvolvidos pelo GIVCO (Grupo de Investigación en Vivienda Colectiva).
Desenvolvida de forma incremental, esta base de dados inclui experiências brasileiras relevantes ao longo do século XX e início do século XI, sistematizando informações de projetos que ficam disponíveis para pesquisadores, órgãos públicos, profissionais e interessados, possibilitando uma leitura comparativa contrastada e homogênea que permita reflexões posteriores, conforme nossas pesquisas recentes.
Este conjunto de publicações é a continuidade dos doze primeiros números da série e inclui: Edifício Nações Unidas (1953-1959), Edifício Conjunto Nacional (1954-1962), Conjunto Habitacional Rio das Pedras – Vila Mara (1991-2003), Conjunto Habitacional Jardim São Francisco – Setor 8 (1989-1992), Moradia Estudantil da Unicamp (1986-1992), Comuna Urbana Dom Hélder Câmara (2006-2012), Residencial Parque Novo Santo Amaro (2009-2012), Ocupação 9 de Julho (2016-), Conjunto Habitacional Heliópolis – Área G (2011-2014).
Práticas pedagógicas
Leonardo Otávio Oliveira Rodrigues e Tania Maria Uehara Alves: Construindo O Parque do Nosso Futuro
Local: São Paulo, SP
Autores: Leonardo Otávio Oliveira Rodrigues e Tania Maria Uehara Alves
Equipe de execução: Ademar Degasperi, Ana Paula Calvo, Beatriz Di Giovanni Valente, Bruna Donegá Alves, Daniela Cristina Vianna Getlinger, Edivanio Carlos Da Silveira, Francisco do Amparo Lopes, Francisco Vanderlei Nascimento de Sousa, Luiz Carlos de Souza Victoreli, Tereza Beatriz Ribeiro Herling
Colaboradores: Anna Zoila Escobar Diaz Vergara, Alex Fernandes da Silva Santos, Cassiana Amado Castelo Branco, Credelania Aparecida Ferreira Mendes, Ezequiel Marcos de Carvalho, Laís Guimarães, Marcio Anatole de Sousa Romeiro, Marli Aparecida Covissi, Mitue Shoegima, Rafael Rodrigues Ferreira, Will Silva
Equipe administração: Camila Destro Colaço, Fernanda Machado, Marcia Rodrigues Ferreira e Wesley Silvestre Rosa
PRANCHA DO PROJETO
Descrição enviada pela equipe de projeto. Este é um projeto de práticas pedagógicas que aproxima arquitetura e urbanismo ao chão da escola, atuando no intercâmbio de saberes com as disciplinas do currículo escolar, envolvendo estudantes, escola, comunidade e arquitetos.
A proposta, orientada por um arquiteto e uma coordenadora pedagógica, se desenvolveu em um espaço de fomento de saberes e ponto de partida para a vivência do jovem na cidade: a sala de aula, especificamente na EMEF Professor Paulo Gonçalo dos Santos, no distrito de Pedreira, periferia da zona sul de São Paulo.
O projeto foi executado por meio de diversas atividades na forma de aulas expositivas e com oficinas e saídas a campo, com o objetivo específico de desenvolver, na forma de desenhos e maquetes, projetos de intervenção para o Parque dos Búfalos, parque adjacente à escola.
O processo se dividiu em quatro etapas: Oficinas de Arquitetura e Urbanismo; Estudos de caso; Proposta para projeto de intervenção no parque e encerramento/publicação.
Aqui, os estudantes (re)conheceram o próprio território e estudaram referências em contextos similares, visitando diferentes parques na cidade, para então idealizarem suas propostas e, por fim, ser compilado todo o processo e resultados, formando uma publicação de seus sonhos, utopias e ideias.
Técnicas e tecnologias
IAU USP: UrbVerde – Plataforma de Monitoramento de Áreas Verdes Urbanas e Promoção de Justiça Climática
Local: São Carlos, SP
Equipe: Marcel Fantin, Fernando Shinji, Rúbia Gomes, Arq. Manoel Antonio Lopes Rodrigues Alves, Marcelo Montaño, Nagayamma Aragão, Flávia Sossae, Ademir Morelli, Cátia Cristina Teodoro, Marcos Martines, Edimilson Rodrigues, Gustavo Paixão, Luis Gustavo Bet, Marcela Costa, Vitor Antonio Lacerda, Eduardo Justiniano, Breno Malheiros, Marina Pannunzio Ribeiro, Arq. Vitor Coelho Nisida, Arq. Lara Cavalcante, Arq. Fernanda Accioli Moreira, Arq. Rossana Alcântara, Isabella Alho, Patrícia Ferragoni
ARQUIVO DO PROJETO
Descrição enviada pela equipe de projeto. A UrbVerde é uma plataforma inovadora que utiliza tecnologias de geoprocessamento e ciência cidadã para monitorar áreas verdes urbanas e promover ações voltadas à justiça climática e à redução de desigualdades socioespaciais. Integrando dados sobre ilhas de calor, cobertura vegetal, parques e praças com indicadores de renda, gênero e raça, a plataforma oferece suporte a gestores públicos, pesquisadores e comunidades locais.
Com aplicação em cidades do estado de São Paulo, incluindo o ABC Paulista, a UrbVerde auxilia na elaboração de planos de ação climática e no desenvolvimento de indicadores ambientais. Além disso, é amplamente utilizada em atividades educacionais, como cursos e cartilhas para estudantes, capacitando jovens a compreender e intervir em seus territórios.
Suas estratégias incluem a criação de um ambiente digital acessível (Web GIS), o intercâmbio de dados com plataformas públicas como o GEOSAMPA e a produção de materiais didáticos. A UrbVerde consolida-se como uma ferramenta essencial para a construção de cidades mais sustentáveis e equitativas, destacando-se pela integração entre tecnologia, ciência e sociedade.
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Formulário de votação – Selo Grande Prêmio da Edição