‘Comuns’ refletirá sobre territórios latino-americanos

Apoiado nos valores da autogestão colaborativa, o laboratório favorece a troca de experiências e reflexões em torno de tecnologias sociais, ecológicas, culturais e políticas, que colaboram para a transformação urbana nestas nações. Participe!

A 2ª edição do laboratório virtual experimental e participativo ‘Comuns’ tem como objetivo estimular a troca de novas experiências e reflexões em torno das tecnologias sociais, ecológicas, culturais e políticas de transformação dos territórios latino-americanos, considerando o atual contexto de crise espacial urbana, social e geopolítica. Com curadoria de Marcella Arruda (BR), Marina Frúgoli (BR) e Paula Monroy (EC-CH), realizado em parceria com o centro cultural paulistano Marieta, o evento acontecerá entre os dias 16 de setembro e 9 de outubro de 2021 e já está com inscrições abertas àqueles que desejam participar como palestrantes ou ouvintes.

“Comuns reconhece a importância do trabalho desenvolvido por escritórios, atores e coletivos latino-americanos engajados em práticas arquitetônicas não convencionais, assim como o de artistas, ativistas, movimentos sociais e outras iniciativas autônomas ligadas à luta pelo território. Essas propostas seguem lógicas de promoção ao trabalho coletivo e experimental, ancoradas nos valores da autogestão colaborativa, da de(s)colonização de discursos e práticas e do cuidado pelo bem comum, além da democratização do acesso e efetiva utilização da informação”, informa o descritivo.

Com o propósito de fortalecer a rede latino-americana de saberes alternativos nos campos da arquitetura, da cultura, do desenvolvimento sustentável e da defesa do território, o laboratório irá investigar três eixos temáticos escolhidos pela equipe de curadoria. Para tanto, o interessado que deseja integrar o circuito como ‘Participante’ deve preencher formulário de candidatura disponível no hotsite da ação até o próximo 1º de agosto, em um processo totalmente gratuito.

De acordo com o informe, basta que o proponente esteja disposto a falar “portuñol”, frequente todos os encontros, justificando eventuais faltas, e tenha internet estável e condições de acessar o conteúdo on-line. As candidaturas serão avaliadas por uma comissão de seleção convidada, que irá deliberar sobre as pessoas selecionadas até 22 de agosto de 2021. Os critérios de seleção serão a diversidade e experiência da candidata e sua motivação em participar.

No caso de inscrição de coletivos, há um número limitado de vagas, portanto se todos os membros desejam participar integralmente do laboratório, sugere-se que se faça uma inscrição por membro. Se houver preferência por uma única ao coletivo, apenas uma pessoa poderá participar.

O resultado do processo de seleção, escolhidos e lista de espera, será divulgado no site e nas redes sociais do projeto no próximo 24 de agosto. Caso ocorram desistências, a segunda chamada será lançada em 30 de agosto de 2021. Vale lembrar que o link para pagamento da contribuição será enviado apenas aos que passarem no processo seletivo.

É possível ainda se inscrever apenas como ‘Ouvinte’, categoria que permite o acompanhamento dos Conversatórios temáticos, em página fechada na internet, porém sem direito de participar nos grupos fechados. Para tanto, basta reservar a vaga marcando a opção OUVINTE no mesmo formulário de inscrição.

Será emitido um certificado de participação para ambas as categorias, com descrição de carga horária e detalhamento dos palestrantes, assinado pela organização do projeto.

 

O laboratório é uma oportunidade para participar de uma comunidade estimulante de aprendizagem de processos e práticas espaciais, a partir de uma perspectiva crítica latino-americana, buscando valorizar as pluralidades e especificidades das diversas culturas que compõem o nosso continente”, finaliza o descritivo.

 

Calendário e programa

14.6 – 1.8 processo seletivo aberto
2.8 – 22.8 avaliação das candidaturas pelo Júri
24.8 divulgação lista de pré-selecionadas e lista de espera
24.8 – 29.8 1ª chamada matrículas
30.8 – 3.9 2ª chamada matrículas
16.9 – 9.10 Laboratório Comuns

Semana 1
16.9 conversatório de abertura
17.9 encontro #1 grupos A, B, C
18.9 encontro #1 grupos D, E

 

Semana 2
23.9 conversatório Tema I
24.9 encontro #2 grupos A, B, C
25.9 encontro #2 grupos D, E

Semana 3
30.9 conversatório Tema II
1.10 encontro #3 grupos A, B, C
2.10 encontro #3 grupos D, E

Semana 4
7.10 conversatório Tema III
8.10 encontro #4 grupos A, B, C
9.10 encontro #4 grupos D, E
9.10 festa de encerramento

 

Sobre as curadoras

Marcella Arruda é artista transdisciplinar de São Paulo, arquiteta e urbanista pela Escola da Cidade (2017), tem diploma em Interactive Media Design na The Royal Academy of Arts de Den Haag (NL). Através de instalações, intervenções arquitetônicas, performances e programas pedagógicos, Marcella explora as relações entre corpo e territorio por meio de construções simbolicas como materia de pertencimento e agenciamento. Trabalha na intersecção de arte, arquitetura, ecologia, politica e educação para abrir possibilidades de outros modos de habitar. Marcella participou de distintos movimentos de ocupação do espaço público, como MUDA_coletivo e Escola Sem Muros. É diretora de projetos do Instituto A Cidade Precisa de Você.

Marina Frúgoli é paulistana e curadora formada em arquitetura e urbanismo pela FAU USP, com formação complementar em paisagismo pela Amsterdam Academy of Architecture. Desde 2018 é curadora da Coleção BEI de bancos indígenas e assistente de coordenação de projetos do Intermuseus. Em 2019, realizou a exposição “desvios (in)contidos”, selecionada no II Edital OMA de Curadoria. Como assistente de curadoria, atuou no Instituto Moreira Salles nas exposições “São Paulo, três ensaios visuais” (2017) e “Conflitos: fotografia e violência política no Brasil 1989-1964” (2017), e no no Itaú Cultural com a “Ocupação Paulo Mendes da Rocha” (2018) e a exposição “Geraldo de Barros”, prevista para 2021.

Paula Monroy é pesquisadora chileno-equatoriana radicada em São Paulo desde 2015. Arquiteta pela Universidad Mayor (Chile, 2013), Mestre em Projeto, Espaço e Cultura pela FAU USP (Brasil, 2021) e possui estudos de especialização em Arte, Crítica e Curadoria pela PUC-SP (Brasil, 2017). Atua na intersecção entre arte, política e fenômenos urbanos mediante projetos que atravessam o campo da arquitetura, a representação e a educação. Dentre estes, destacam o programa Yap_Constructo em associação com o MoMA (Santiago, 2013-2014), a XIX Bienal de Arquitectura y Urbanismo de Chile (Valparaíso, 2015), a II Bienal de Artes da Ocupação Ouvidor 63 (São Paulo, 2018) e a XXI Bienal de Arquitectura y Urbanismo de Chile (Santiago, 2019) onde curou a mostra “São Paulo: Diálogos y límites” e editou os quatro volumes do catálogo. Paula foi professora assistente na Universidad Mayor (Chile), na Escola da Cidade (Brasil) e atualmente é professora titular na Faculdade de Arquitetura da Universidad de las Américas (Chile), além de ministrar cursos e seminários de forma autônoma.

Sobre o Marieta

Centro cultural comunitário colaborativo, fundado em 2015 com a proposta de ser um espaço de pesquisa, difusão e produção de arte e cultura. Um lugar onde não apenas consumir cultura, mas fazer cultura! O projeto tem sede física na rua Dona Maria Paula 96 – centro de São Paulo, próximo às estações de metrô Liberdade, Sé e República – e sede virtual em suas salas de Zoom, no YouTube e nas outras redes sociais.

Com o objetivo de difundir conhecimento e estimular o debate público, o Marieta oferece à comunidade uma constante e variada programação cultural pública: grupos de trabalho, cineclubes, exposições, cursos, seminários, entrevistas, debates e residências culturais.

Em coerência com seus princípios de inclusão e participação, o Marieta tem operado  um processo de despersonalização de sua curadoria, criando sistemas participativos de programação das atividades: estamos sempre em busca de novas pessoas e ideias!

 

Acesse

Inscrições no Comuns

www.comuns.net.br

www.projetomarieta.com.br/comuns