35ª Bienal de São Paulo – coreografias do impossível, promovida pela Fundação Bienal de São Paulo e com curadoria de Diane Lima, Grada Kilomba, Hélio Menezes e Manuel Borja-Villel, apresenta a lista completa de artistas e coletivos participantes, assim como a autoria do projeto expográfico, que nesta edição fica a cargo do escritório paulistano Vão, e que estará aberta ao público de 6 de setembro a 10 de dezembro de 2023.
A lista anunciada consolida a extensa pesquisa realizada pelos curadores sobre questões urgentes do mundo contemporâneo, revelando uma diversidade de formas, movimentos e interpretações sob o tema “coreografias do impossível”. Com 120 nomes confirmados, a lista abraça vozes das diásporas e dos povos originários, promovendo um diálogo local e internacional mais amplo.
Vivem em contextos impossíveis, desenvolvem estratégias de contorno, atravessam limites e escapam das impossibilidades do mundo em que vivem. Lidam com a violência total, a impossibilidade da vida em liberdade plena, as desigualdades, e suas expressões artísticas são transformadas pelas próprias impossibilidades do nosso tempo”, afirmam os curadores.
Tecendo o plano organizacional do contingente artístico participante, o Vão, formado por Anna Juni, Enk te Winkel e Gustavo Delonero, pretende explorar as singularidades do icônico Pavilhão Ciccillo Matarazzo – o Pavilhão da Bienal, projetado em 1957 por Oscar Niemeyer e situado no Parque Ibirapuera -, onde já instalou temporariamente o escritório para um enriquecedor processo de trabalho ‘in situ’.
Alinhado ao conceito do impossível e suas coreografias como uma política de movimento e movimentos políticos entrelaçados nas expressões artísticas, o projeto explora a relação entre espaço expositivo e fluxos de visitantes, rompendo as convenções conceptuais e estruturais do edifício, haja vista que, pela primeira vez, os mezaninos ondulantes sobre o pé-direito central do pavilhão serão completamente fechados, numa intervenção radical que reinventa a experiência da espacialidade.
Buscamos, desde o princípio, um desenho que se colocasse entre o desejo de não reencenar a coreografia espacial existente, mas que, ao mesmo tempo, não impusesse uma coreografia outra, totalmente desvinculada das suas lógicas internas. Para isso deveríamos dançar com o existente e com o disponível. Ou seja, para além da atenção em reutilizar os materiais remanescentes das antigas exposições, tínhamos como objetivo criar espaços a partir dos elementos construtivos que constituem o Pavilhão”, declara o trio.
O jovem escritório é conhecido por integrar à escala arquitetônica a uma forte expressão artística traduzida com originalidade, compromisso com o ambiente e cuidadosa compreensão dos materiais. Em 2017, colaborou na instalação Chão de Caça, da artista Cinthia Marcelle para o Pavilhão do Brasil da Bienal de Veneza, que foi distinguido com uma menção honrosa. Em 2022, recebeu o Prémio Début da 6ª edição da Trienal como Prémio Début [saiba mais na PROJETO].
Confira a lista de participantes da 35ª Bienal de São Paulo
- Ahlam Shibli
- Aida Harika Yanomami, Edmar Tokorino Yanomami e Roseane Yariana Yanomami
- Aline Motta
- Amador e Jr. Segurança Patrimonial Ltda.
- Amos Gitai
- Ana Pi e Taata Kwa Nkisi Mutá Imê
- Anna Boghiguian
- Anne-Marie Schneider
- Archivo de la Memoria Trans (AMT)
- Arthur Bispo do Rosário
- Aurora Cursino
- Ayrson Heráclito e Tiganá Santana
- Benvenuto Chavajay
- Bouchra Ouizguen
- Cabello/Carceller
- Carlos Bunga
- Carmézia Emiliano
- Castiel Vitorino Brasileiro
- Ceija Stojka
- Charles White
- Citra Sasmita
- Colectivo Ayllu
- Cozinha Ocupação 9 de Julho
- Daniel Lie
- Daniel Lind-Ramos
- Davi Pontes e Wallace Ferreira
- Dayanita Singh
- Deborah Anzinger
- Denilson Baniwa
- Denise Ferreira da Silva
- Diego Araúja e Laís Machado
- Duane Linklater
- Edgar Calel
- Elda Cerrato
- Elena Asins
- Elizabeth Catlett
- Ellen Gallagher e Edgar Cleijne
- Emanoel Araújo
- Eustáquio Neves
- flo6x8
- Francisco Toledo
- Frente 3 de Fevereiro
- Gabriel Gentil Tukano
- George Herriman
- Geraldine Javier
- Grupo de Investigación en Arte y Política (GIAP)
- Gloria Anzaldúa
- Guadalupe Maravilla
- Ibrahim Mahama
- Igshaan Adams
- Ilze Wolff
- Inaicyra Falcão
- Januário Jano
- Jesús Ruiz Durand
- John Woodrow Wilson
- Jorge Ribalta
- José Guadalupe Posada
- Juan van der Hamen y León
- Judith Scott
- Julien Creuzet
- Kamal Aljafari
- Kapwani Kiwanga
- Katherine Dunham
- Kidlat Tahimik
- Leilah Weinraub
- Leopoldo Méndez
- Luana Vitra
- Luiz de Abreu
- MAHKU
- Malinche
- Manuel Chavajay
- Margaret Taylor Goss Burroughs
- Marilyn Boror Bor
- Marlon Riggs
- M’barek Bouhchichi
- Melchor María Mercado
- Morzaniel Ɨramari
- Mounira Al-Solh
- Nadal Walcott
- Nadir Bouhmouch e Soumeya Ait Ahmed
- Nikau Hindin
- Niño de Elche
- Nontsikelelo Mutiti
- Patricia Gómez e María Jesús González
- Pauline Boudry e Renate Lorenz
- Philip Rizk
- Quilombo Cafundó
- Raquel Lima
- Ricardo Aleixo
- Rolando Castellón
- Rommulo Vieira Conceição
- Rosa Gauditano
- Rosana Paulino
- Rubem Valentim
- Rubiane Maia
- Sammy Baloji
- Santu Mofokeng
- Sarah Maldoror
- Sauna Lésbica por Malu Avelar com Ana Paula Mathias, Anna Turra, Bárbara Esmenia e Marta Supernova
- Senga Nengudi
- Sidney Amaral
- Simone Leigh
- Sônia Gomes
- stanley brouwn
- Stella do Patrocínio
- Tadáskía
- Taller 4 Rojo
- Taller NN
- Tejal Shah
- The Living and the Dead Ensemble
- Torkwase Dyson
- Trinh T. Minh-Ha
- Ubirajara Ferreira Braga
- Ventura Profana
- Wifredo Lam
- Will Rawls
- Xica Manicongo
- Yto Barrada
- Zumví Arquivo Afro Fotográfico
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