Coleção Flores eterniza biodiversidade do Cerrado

Pelos olhares do arquiteto Pedro Braga e da botânica Ana Lira, mais de 100 espécies estão registradas nesta série composta por quatro cartazes

(Fonte: Instituto Brasília Ambiental – IBRAM)

Sob proteção do Instituto Brasília Ambiental, totalizam 120 espécies fotografadas para compor a mostra ‘Flores do Cerrado’ a fim de eternizar a biodiversidade e a beleza da flora nativa deste bioma brasileiro. O acervo, subdividido em quatro cartazes e integrante da coleção ‘Eu amo o Cerrado’, foi lançado na última segunda-feira (29) mediante ação promovida pela Diretoria de Implantação de Unidades de Conservação e Regularização Fundiária (DIPUC), com o apoio da Rede Ciência e da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF).

“As fotos resultam de levantamentos florísticos realizados no âmbito da criação das Unidades de Conservação e na elaboração dos Planos de Manejo (…). Uma ideia que sempre objetivamos fazer, considerando o enorme acervo fotográfico acumulado nos anos de trabalho, e agora se efetiva”, pontua a mestre em Botânica, analista de planejamento urbano e infraestrutura, Ana Lira. A profissional, além de responsável pela identificação botânica das espécies, é também autora das fotos junto ao arquiteto urbanista e auditor de atividades urbanas, Pedro Braga.

Na coleção as espécies nativas são separadas pela coloração das flores – roxas e rosas; vermelhas e alaranjadas; amarelas; e brancas -: “Essa divisão tornou os cartazes mais didáticos e atraentes. Sonhamos que este trabalho um dia evolua para um Guia de Flora das UC”, ressalta Ana Lira, ressaltando que as 120 espécies registradas são, na verdade, uma pequena amostra das cerca de 12 mil plantas que integram o Cerrado.

A autora cita, como exemplo, as fotos conseguidas no estudo do Parque Ecológico Cachoeirinha, localizado na Região Administrativa do Paranoá, destacando a importância do levantamento primário realizado em trabalho de campo pelos próprios técnicos do Instituto: “Essa descoberta nos fez indicar, inclusive, a recategorização deste parque para Refúgio de Vida Silvestre”.

No mais, segundo Ana Lira, a ideia é também que os visitantes dos parques e Unidades de Conservação, ao encontrarem as flores no ambiente natural, possam fazer conexões próprias com o acervo da mostra.

Confira os cartazes da coleção completa ‘Eu amo o Cerrado’ no site do Instituto Brasília Ambiental.