Sob cuidados de órgãos públicos municipais e estaduais, 10 das 28 obras de Roberto Burle Marx no Rio de Janeiro estão degradadas ou em mau estado de conservação.
Desenvolvido pelo modernista na década de 1950, o projeto paisagístico do estacionamento do Maracanã foi totalmente perdido. O mesmo acontece com a área externa do Tribunal de Justiça do Estado e do Conjunto Habitacional do Pedregulho.
Primeira obra de Burle Marx no Rio de Janeiro, a praça Senador Salgado Filho apresenta falhas no gramado, falta de manutenção em árvores e arbustos, e o lago, antes repleto de carpas, está vazio.
O escritório Burle Marx e Companhia afirmou ao jornal Folha de S. Paulo, que, desde 2000, não foi realizada manutenção no local, como replantio de espécies e controle de pragas.
Na Ilha do Fundão, os jardins curvilíneos do Instituto de Puericultura e Pediatria – hospital pediátrico da UFRJ inaugurado em 1953 – estão descaracterizados. Os gramados, idealizados para abrigar duas tonalidades distintas, hoje funcionam como estacionamento.
Responsável pela manutenção da extensa área do Parque do Flamengo, a Secretaria Municipal de Conservação alegou que realiza serviços de revitalização no local há um ano, que inclui o futuro plantio de 11 mil metros quadrados de grama.