(Imagem: Divulgação)

Abertas as inscrições para a 4ª Edição do Selo CAU/DF – Arquitetura de Brasília

No quarto ano consecutivo, a entidade reafirma o seu compromisso com a preservação da memória da cidade, dando continuidade ao Selo CAU/DF - Arquitetura de Brasília, que tem por finalidade reconhecer edificações e espaços públicos fora da escala monumental que trouxe reconhecimento à capital. Participe!

O Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Distrito Federal tem por finalidade orientar, disciplinar e fiscalizar o exercício da profissão de Arquitetura e Urbanismo, zelar pela fiel observância dos princípios de ética e disciplina dos arquitetos e urbanistas, bem como pugnar pelo aperfeiçoamento do exercício da Arquitetura e Urbanismo.

Nos últimos três anos, com a criação da Comissão Temporária de Patrimônio e, com ela, o Selo CAU/DF – Arquitetura de Brasília, o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Distrito Federal vem promovendo a arquitetura de Brasília representada pelas edificações e espaços públicos que fazem parte da vida cotidiana, muitas vezes relegados a um papel secundário por estarem fora da escala monumental que trouxe reconhecimento à capital.

Desde a criação do Selo CAU/DF, foram laureados 12 blocos de superquadra, sendo oito em 2020 e quatro em 2021; sete escolas públicas e privadas, sendo seis em 2021 e uma em 2022, e 9 nove edifícios de escritório, todos em 2022. No total, 28 edifícios foram vencedores em três anos, dentre 80 indicados.

 

Em 2023, em comemoração ao Dia Nacional do Patrimônio Cultural no dia 17 de agosto, a entrega dos Selos ocorrerá entre os dias 14 e 18 de agosto. Assim, espera-se contribuir, mais uma vez, para a valorização do patrimônio cultural de nossa cidade, e chamar a atenção do cidadão brasiliense sobre a imersão cotidiana e sua importante atuação na preservação da memória da capital”, inscreve a entidade em comunicado oficial.

 

Sobre o Selo

É de entendimento da Comissão que os edifícios construídos em Brasília nas suas primeiras décadas, fora do eixo monumental – blocos residenciais, casas, edifícios comerciais, edifícios de escritórios, edifícios institucionais, hotéis e hospitais – foram tão essenciais para a formação da imagem da cidade quanto seus monumentos. Se, por um lado, estes edifícios monumentais funcionaram como marcos de claro apelo simbólico, isolados ou não de seu contexto, a arquitetura não monumental, por outro, possui significativa relevância como conjunto.

O uso contínuo destes edifícios gera, naturalmente, a necessidade de reformas e de manutenção. Intervenções se fazem necessárias, entretanto, é preciso se atentar se elas implicam necessariamente em alterações de características importantes do projeto original do edifício. Atributos como elementos de fachada e o aspecto dos pilotis, que muitas vezes conferem identidade ao edifício e podem ser, quando preservados, importantes recursos na retratação do período em que foi construído.

A busca pelo incentivo à preservação patrimonial se justifica a partir do fato que, apesar de o Plano Piloto de Brasília (DF) ser reconhecido como Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO (1987), não são seus edifícios reconhecidos como patrimônio, mas suas escalas urbanísticas – monumental, residencial, gregária e bucólica. E, enquanto a capital possui algumas edificações tombadas – pelo Iphan e pela Secretaria de Cultura do DF –, a maior parte delas faz parte da escala monumental, não tendo nenhum bloco de superquadra protegido pela instância do tombamento. É relevante destacar também a importância do incentivo à preservação patrimonial de edificações localizadas em outras Regiões Administrativas, que por vezes acabam não recebendo a visibilidade merecida devido ao grande destaque voltado ao Plano Piloto.

Neste ano, dando continuidade ao Selo CAU/DF – Arquitetura de Brasília, o tema central da edição será de hotéis e hospitais, que serão indicados pela Comissão Temporária de Patrimônio e serão aceitas inscrições pela parte interessada. Continuarão a ser avaliados blocos residenciais de superquadras, escolas públicas e privadas e edifícios de escritório, que forem inscritos a partir do formulário disponibilizado.

O Selo CAU/DF – Arquitetura de Brasília é constituído por placa alusiva à obra, a ser fixada em suas imediações, acompanhada de certificado emitido pelo CAU/DF e entidades apoiadoras, a ser entregue em quatro vias de igual teor, destinadas ao autor do projeto original (ou um representante de sua família), ao autor do projeto de reforma/restauro, ao responsável técnico pela execução da obra e ao condomínio. É importante salientar que este Selo não é um tombamento, nem se baseia em critérios da teoria da conservação, mas, sim, um certificado de reconhecimento pelo relevante trabalho realizado no sentido da manutenção predial e respeito às características originais dos edifícios.

 

Na avaliação, serão considerados os seguintes critérios gerais:

  • Fachadas Respeito à composição original, manutenção e critério na substituição de revestimentos, esquadrias, cobogós, brises e vidros; padronização de varandas, aparelhos de ar condicionado, toldos, grades, cabeamentos, quando existentes;
  • Elementos urbanos Escadas, corrimãos, rampas de garagem, acessibilidade, calçamento do entorno e totens, bem como a execução de acréscimos de jardins, rampas, calçadas e mobiliário urbano, quando existentes.

 

Exclusivamente em edifícios escolares, serão considerados:

  • Áreas comuns do edifício Respeito à composição original nos: pisos, pilares, revestimentos/painéis, forro/teto, portarias externa e interna, permeabilidade e circulação livre, iluminação e mobiliário fixo; Critério na execução de acréscimos.

 

Exclusivamente em edifícios de escritórios, hotéis e hospitais, serão analisados:

  • Áreas de acesso público Respeito à composição original nos: pisos, pilares, revestimentos/painéis, forro/teto, portarias externa e interna, permeabilidade e circulação livre, iluminação e mobiliário fixo; Critério na execução de acréscimos.

 

Exclusivamente em blocos de superquadra, serão avaliados, também:

  • Pilotis Respeito à composição original nos: pisos, pilares, revestimentos/painéis, forro/teto, portarias externa e interna, permeabilidade e circulação livre, percentual de ocupação de até 30%, iluminação e mobiliário fixo; Acréscimo de guaritas, mobiliários, salões de festas, bicicletários, academias e a residência do zelador ou zeladora.

 

Além disso, serão valorizadas as intervenções que ofereçam acessibilidade universal ao edifício, desde que respeitando sua arquitetura; visem a sustentabilidade ambiental e conservação de energia do edifício; e não tenham pendências administrativas em órgãos do GDF.

A definição das indicações será realizada pela Comissão Temporária de Patrimônio, a partir das inscrições abertas ao público e por indicações da própria comissão. Interessados poderão se inscrever por meio de um formulário online, onde deverão apresentar fotos, argumentos e informações sobre edifícios que sejam relevantes para a avaliação de sua candidatura.

 

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Inscrições através de formulário online