Wilson Bracetti: Estação Sumaré, São Paulo (SP)

A estação Sumaré do metrô de São Paulo tem uma solução bastante arrojada. As vias e plataformas ocupam o vão formado entre os apoios de um viaduto. Os pilares e respectivas fundações, porém, são independentes. Mantendo a linguagem que caracteriza boa parte das obras da Companhia do Metropolitano na capital paulista - grandes volumes em concreto -, sua arquitetura possui relativa leveza e fluidez e apropria-se com consciência dessa localização atípica. Deixando ver os horizontes, o projeto do arquiteto Wilson Bracetti alivia, por um momento que seja, a sensação de confinamento em uma linha que é toda ela subterrânea.

Em operação desde o final do ano passado, a estação Sumaré do metrô paulistano integra a linha 2 – Verde. No trecho em funcionamento, com 7,1 quilômetros de extensão, é a única não enterrada. Ela está situada sob o tabuleiro do viaduto da avenida Doutor Arnaldo, porém apoiada sobre estrutura independente. Sua localização não é aleatória. Critérios técnicos estipulam que o intervalo entre duas estações em áreas densamente povoadas deve estar entre 700 e 900 metros. Com capacidade para atender 20 mil passageiros por hora, ela recebe atualmente apenas 3 mil usuários por dia em seus três acessos: na avenida Doutor Arnaldo, no tabuleiro do viaduto e no prolongamento da rua Oscar Freire. Tem 136 metros de plataforma, um mezanino, três escadas fixas e dois elevadores para deficientes físicos.

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