Foto: Cristiano Mascaro

Vilanova Artigas: Da atualização da questão contida em “Le Corbusier e o Imperialismo” | Por Cristina Jucá

Se em janeiro de 1951 Artigas observa e denuncia a dimensão imperialista da proposta corbusiana contida no Modulor, ao adotar, por fim, o arquiteto suíço-francês a medida padrão de 1,80 m (igual a 6 pés), desde que "a existência de dois sistemas de medida - o pé-polegada anglo-saxão e o sistema métrico decimal" (um, "remanescente feudal", o outro, advindo da revolução burguesa na França) - se apresentava como um obstáculo "no processo de penetração e domínio econômico do mundo" pelo imperialismo norte-americano. Hoje, 33 anos depois, ele nos atualiza nesta sua leitura de cada momento histórico, por ocasião de seu diálogo com o professor Gianotti, no recente concurso a que foi obrigado a se submeter (notório saber) na FAU/USP.

Se naquela ocasião sua análise acusativa ampla, político-histórica, partiu do servilismo corbusiano, foi muito além, na sua defesa no concurso, em que situou face àqueles acontecimentos a dialética também contida nos processos de interpenetração internacional, a sua força e a sua acuidade crítica não foram menores.

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