Em seu primeiro livro – Anchoring, de 1989 – seus trabalhos exploravam a relação com o entorno e o programa. Como essas relações se apresentam em projetos recentes, como o do Nelson-Atkins Museum, de 1999, onde os blocos novos estão ao lado de um edifício antigo?
Nesse livro escrevi sobre os limites da concepção de cada projeto e a força do desenho. Minha estratégia conceitual é conduzir os problemas da situação geral para o plano particular. O projeto para o Nelson-Atkins, em Missouri, foi objeto de um concurso que contou com a participação de grandes arquitetos, como Tadao Ando e Christian de Portzamparc. O edital pedia que o anexo fosse construído a norte do antigo edifício, mas achei que essa não era a solução ideal e quebrei as regras do concurso. Na realidade, eles consideraram o fato de estarmos propondo ampliação a leste do terreno, conectando-a com o antigo edifício através de ligações subterrâneas, sem encostar nele. Mas vencemos a competição, mesmo com um rigoroso corpo de jurados, entre eles Kenneth Frampton. O júri entendeu minha concepção. O projeto é corajoso; não era o que eles imaginavam, mas resolvia todos os problemas. É uma construção cara, com orçamento de 86 milhões de dólares. As obras começaram em abril.
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