Há uma condição especial na Colina do Senhor do Bonfim, em Salvador, Bahia, que é a relação intrínseca do lugar – suas construções e a morfologia urbana – com o culto que lhe deu origem. A posição da basílica no alto da colina – na Península de Itapagipe, vista a partir da Baía de Todos os Santos -, as construções que a cercam, o traçado das ruas e também a dimensão e o posicionamento dos espaços públicos são todos derivados da sua presença. Um território de atuação da Devoção do Senhor do Bonfim, associação católica e de direito privado fundada em 1745, que agrega o caráter religioso ao social e ao cultural, amparada pelas doações que vem recebendo dos fiéis ao longo dos seus 274 anos de existência. Por que não dizer, então, que a história da Colina do Bonfim, onde intervém o projeto do Sotero, é também uma construção coletiva, dos baianos e, em escala maior, dos brasileiros que a visitam?
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