Conteúdo Somfy: Uso de energias passivas

Uma nova maneira de resfriar ambientes internos de prédios corporativos está chegando ao mercado brasileiro. Trata-se do resfriamento noturno promovido por meio da abertura programada e automatizada das janelas de um edifício, fazendo o ar circular e resfriar os ambientes

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É através da fachada dos edifícios que ocorre a troca de luz e calor entre os ambientes interior e exterior. Assim, a engenharia de materiais e sistemas tem buscado cada vez mais o desenvolvimento de produtos de alta tecnologia visando a eficiência energética das edificações.

Entre eles está a operação dos sistemas móveis das fachadas, por meio de controle motorizado de janelas maxim‑ar, cortinas e persianas internas, persianas externas, toldos e brises. Com o uso desses elementos é possível, por exemplo, acionar janelas do tipo maxim‑ar automaticamente, de acordo com parâmetros ambientais medidos em tempo real e com as necessidades de cada prédio.

No Brasil, esse sistema está sendo oferecido pela Somfy, multinacional francesa que fabrica motores e componentes automatizados para fechamentos e proteção solar de ambientes residenciais e comerciais, aplicáveis em persianas, brises, cortinas, toldos, e também janelas dos tipos maxim-ar ou de tombar.

Segundo o engenheiro Fábio Xavier, gerente técnico da Somfy, a empresa produz sistemas modulares que podem ser configurados de acordo com as necessidades de cada edifício, com os produtos instalados em cada fachada.

A composição do sistema tem como base um controlador central, uma caixa com seus respectivos sensores estrategicamente posicionados no topo do edifício (próximo das janelas) e controladores de motores, aos quais podem ser conectados os diferentes tipos de equipamentos.

O motor pode receber comandos individuais, através de controle remoto, ou responder ao controlador central. A instalação requer fios para ligar motores e controladores à corrente elétrica. Já o comando individual pode ser por radiofrequência, pois o controle remoto emite ordens a distância sem necessidade de fio elétrico ou conexão.

Para implantar o sistema de resfriamento noturno passivo são necessários ainda sensores de temperatura, vento e chuva, acionados para comandar a abertura ou o fechamento das janelas maxim-ar. O sensor de temperatura determina quando as janelas devem ser abertas e os de chuva e vento servem para proteger o ambiente interno em caso de ocorrência de qualquer uma dessas condições climáticas adversas.

Também existe a opção de promover a abertura das janelas por programação horária ou associar a abertura e o fechamento das janelas com a automatização de cortinas, persianas ou brises, que potencializam a proteção solar. Os sensores comandam esses elementos de acordo com a variação da intensidade solar ao longo do dia.

As janelas são abertas segundo uma estratégia de controle baseada na diferença de temperatura – interna e externa – ou por meio de horários estabelecidos. São acionadas por motores fixados no marco, que atuam linearmente, empurrando e recolhendo a folha móvel.

O edifício precisa ser dotado de janelas maxim-ar e de infraestrutura de comunicação elétrica, específica para o sistema. A Somfy dá suporte total desde a elaboração do projeto.

O arquiteto Cláudio Marraccini, gerente de especificação da Somfy, afirma que os ganhos com a economia de energia elétrica podem variar muito de um prédio para outro, de acordo com determinados parâmetros de projeto, tais como localização, orientação das fachadas e tamanho das aberturas.

“Mas basicamente o ganho será tanto maior quanto maior for a inércia térmica do edifício, ou seja, sua capacidade de acumular calor durante o dia, que é geralmente alta no Brasil, devido à grande quantidade de concreto utilizada nas construções”, ele explica.

Segundo Marraccini, estudos realizados por consultores independentes em projetos na cidade de São Paulo mostraram resultados da ordem de 2% a 3% de economia no consumo de energia do edifício – considerando que o ar-condicionado representa 40% do consumo total do prédio.

“Isso pode ser muito significativo durante a vida útil da edificação. Mas o ideal é incluir essa estratégia nas simulações de eficiência energética realizadas na fase de projeto, para cada obra em particular, a fim de obter o melhor resultado”, ele recomenda.

“No Brasil, ainda não há nenhum edifício em funcionamento que tenha adotado o sistema, uma vez que a construção sustentável e as simulações prévias de desempenho energético ainda são relativamente novas no país”, explica. Mas a Somfy já conta com alguns projetos cujos arquitetos se interessaram em especificar o sistema.

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