Massimiliano Fuksas – O limite da arte | Por Francisco Spadoni

Massimiliano Fuksas é desses arquitetos que gostamos de ver, mas preferimos não comentar. Pelo menos não na condição de críticos. Seu universo, povoado de imagens, formas e espaços plurais, revela uma arquitetura sem eixos de continuidade, marcas ou elementos de repetição - dados que comumente utilizamos para assentar uma análise sobre bases reconhecíveis. Tal como o virtuose que faz da sensibilidade e da imaginação a matéria-prima de trabalho, sua subjetividade, quase indecifrável, transforma-se no único instrumento passível de ser verificado.

Em Fuksas, a arquitetura não opera a partir de dados a priori; ela se constitui com base nos problemas, num processo que, conduzido por alguma lógica, aciona os componentes geradores da forma: o lugar, a tecnologia, os recursos materiais etc. Sua lógica é a de não se antecipar às perguntas, ou seja, uma forma nunca pode ser pensada antes de se saber a que se destina. Talvez seja este o aspecto interessante do arquiteto: sua idéia de continuidade vincula-se à impossibilidade de fazer previsões.

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