Conjunto residencial em Antônio Prado, RS. Projeto do arquiteto Gederson Meotti

Habitação social

Tratada, sistematicamente, como parte da estratégia político-eleitoral de prefeitos e governadores, a habitação popular no Brasil acusa índices crescentes de deterioração. O déficit oficial de moradias foi reduzido de 12 milhões para 6 milhões de unidades graças a uma burocrática mudança nos critérios de cálculo. Os conjuntos habitacionais implantados em regiões periféricas, sem infraestrutura, são invariavelmente feios, de má qualidade, construídos quase sempre sem um projeto arquitetônico cuidadoso. A mudança no tratamento da questão abriria amplo mercado de trabalho para os arquitetos brasileiros, como mostram alguns exemplos em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

A magnitude do déficit habitacional brasileiro não justifica a baixa qualidade das unidades de interesse social. As experiências bem-sucedidas apenas confirmam a regra dominante, que transformou habitação popular em sinônimo de má construção. Em geral, os conjuntos não apresentam preocupação com o urbanismo nem equipamentos públicos e meios de transporte em escala compatível com a demanda.

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