Sobre uma região de transparência, adequada à escala do observador, o volume intermediário envolve a caixa-d'água entre planos opacos e estabelece um marco vertical

Fernando Serapião, Caco Ramos e Ronaldo Shinohara: Residência, Itu, SP

A residência projetada por Fernando Serapião, Caco Ramos e Ronaldo Shinohara ainda no período da faculdade situa-se em um condomínio fechado, em Itu, a 98 quilômetros de São Paulo. O projeto foi implantado num lote de dimensões urbanas, sem atrativos visuais ou vizinhos próximos. A casa se desenvolve ao longo do terreno e estabelece, com precisão, a setorização do programa e a delimitação dos espaços. Os eixos longitudinais, traçados por paredes caiadas, demarcam o primeiro pavilhão e criam uma transição entre a rua e a área aberta na região posterior do lote. O segundo, entre planos transversais - empenas de tijolo -, subordina-se ao primeiro.

Elementos recorrentes da arquitetura brasileira, tradicional e modernista, qualificam a concepção desta residência, que emprega sistema construtivo convencional. Dois pavilhões e um volume de transição recuperam a planta binuclear das residências de Oswaldo Bratke, elaboradas a partir do conceito desenvolvido por Mareei Breuer. Seguindo essa concepção, foram definidas duas zonas de funções e características distintas: a diurna reúne as áreas de estar e de serviços; a noturna abriga a área íntima. Entre elas situam-se o vestíbulo, encerrado entre elementos vazados de concreto, e o jardim, sem ligação com os espaços internos.

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