Visitantes da Expo Revestir 2023 serão impactados pelo estande da Docol, uma verdadeira floresta de pilares de madeira laminada colada (MLC) com mais de quatro metros de altura projetada pela BLOCO Arquitetos e executada pela Ita Construtora.
O conceito do projeto do estande vem da conexão indissociável entre florestas e água e surgiu na busca por uma abordagem sustentável e alinhada com o respeito pelo meio ambiente que faz parte da história da empresa. “A floresta é o agente mediador na transição da água para a atmosfera e para o subsolo”, afirma Anderson Moraes, Diretor de Marketing da Docol.
Segundo o arquiteto Daniel Mangabeira, sócio do escritório BLOCO Arquitetos, a escolha da MLC reflete a preocupação com sustentabilidade da Docol, que já desenvolveu diversas tecnologias e produtos que fomentam o uso consciente e racional da água. “O MLC é um material que utiliza racionalmente a madeira proveniente de florestas plantadas para esse uso e assim garante a sustentabilidade de seu fornecimento e a preservação de florestas nativas”, explica o arquiteto. Além disso, seu processo de fabricação consome menos energia que outros sistemas construtivos. O estande com mil metros quadrados será dividido em dois espaços separados pelo corredor de circulação. “A regularidade estrutural é importante para unir visualmente os dois estandes separados”, detalha Mangabeira. A MLC aparente contrastará com revestimentos em laminado melamínico de cores diferentes para cada linha exposta, criando uma experiência de imersão. A estrutura modular de 2,9 metros por 2,9 metros dará lugar a diferentes ambientes para a exposição dos produtos em linha e dos lançamentos da marca, como os acessórios DocolTwist, assinados por Ana Neute, e as banheiras DocolJoy, ambos itens inéditos no portfólio Docol e confeccionados primordialmente em Neoclast, material inovador composto por resina e agregados minerais.
De acordo com Luciano Aguiar, Diretor Comercial da Ita Construtora, a MLC possibilita a confecção de peças retas ou curvas nas dimensões desejadas. “Dá para chegar a 24 metros de comprimento, bastando colar as lâminas. Na natureza seriam necessários 150 anos ou mais para atingir esse tamanho”, destaca. Por utilizar peças menores, é possível secá-las em estufa, o que evita empenamento e assegura estabilidade dimensional. No final do processo, as peças recebem tratamento químico contra cupins. Aguiar explica que, em comparação com aço e concreto, a madeira é a única que gera ativo ambiental, pois absorve o CO2 e libera oxigênio. Leve, a madeira utilizada é o eucalipto, proveniente de pequenos produtores florestais. Como a Docol pretende reutilizar essa estrutura em diversos outros eventos da empresa, a Ita desenvolveu um sistema de encaixes e conexões metálicas próprios para permitir sua montagem e desmontagem. “Em uma obra convencional não daria para desconectar”, conclui Aguiar.
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