Com o refluxo da onda pós-modernista em seu momento de maior sucesso e a partir do reconhecimento da marginalidade do historicismo radical e neovanguardismo, em função de seu extremismo premeditado e sua antipolaridade recíproca, nada mais nos impede de retomar aquele colóquio com as dificuldades do projeto contemporâneo, há algum tempo relegado a segundo plano pela arrogância dos slogans vigentes. A essência irreversivelmente ambígua da arquitetura deste século transformou a reflexão projetual em uma forma de indecisão ativa, traduzida como uma contínua acumulação de tensão figurativa, em um iminente deplacement. Não se tratou, entretanto, de incapacidade, mas da transformação em uma aventura mental e emoção estética daquela premonição de beleza responsável pelo traçado sonoro do Stravinsky primitivo e que alarmou o espiritual Kandinsky.
Conteúdo exclusivo para assinantes
Por apenas R$ 2,99 mensais, você tem acesso ao conteúdo completo do acervo da revista PROJETO, com mais de 8.000 obras, projetos, entrevistas e artigos