Para Padovano e Vigliecca, a habitação social deve ser abordada a partir do desenho da cidade e não apenas de um fragmento isolado. Eles resgatam a quadra como elemento estruturador fundamental do tecido urbano, o que propicia maior integração com o entorno e dá um sentido de permanência e continuidade aos espaços da cidade. Ao assumir claramente um partido que se contrapõe à fragmentação preconizada pelo lote, os arquitetos valorizam os espaços comuns, coletivos, públicos, permeados pelos fluxos do cotidiano, usados contínua e intensivamente. O espaço é idealizado e projetado como um todo. No entanto, persiste a noção de certa escala local, uma territorialidade que dá aos moradores um sentido de lugar, de identidade, de apropriação. Não são espaços apenas de passar-por, mas de estar-em. E cuidados e preservados como tal.
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