A FAU/USP em construção (Foto: Moscardi)

As posições dos anos 50 – Entrevista de Vilanova Artigas a Aracy Amaral

As revelações de Artigas para Aracy Amaral fazem parte da coleta de dados para a pesquisa da tese de livre-docência Arte para Quê?, publicada pela Nobel, onde encontraremos a contextualização do testemunho do mestre paulista. Artigas não revisou a transcrição desse depoimento, embora ainda estivesse vivo por ocasião da primeira edição de Arte para Quê?. Passagens obscuras expressas no calor do discurso apaixonado do mestre não poderão mais ser esclarecidas.

No processo da preparação de nossa pesquisa sobre a preocupação social na arte e na arquitetura brasileira (1930-1970), posteriormente publicada sob o título Arte para Quê? (Editora Nobel, 2a edição, 1987), além das consultas a arquivos, jornais e periódicos, buscamos ouvir vários artistas e arquitetos que se envolveram, no período, com essa problemática. Data dessa fase de trabalho a entrevista com Vilanova Artigas, caracterizada, como sempre, pelas posições manifestadas de forma apaixonada. Realizada em São Paulo, em sua casa, em 6 de novembro de 1980, Artigas coloca de maneira inequívoca sua posição como arquiteto e personalidade ligada aos meios culturais num período crucial da guerra fria, época em que a revista Fundamentos era a plataforma para a expressão intelectual dos grupos de esquerda em São Paulo. Por solicitação da Projeto colocamos à disposição da redação essa entrevista, cujo texto passou por revisão de Hugo Segawa e minha para fins de publicação.

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