Essa política implantou-se rotulando a arquitetura de padrões clássicos como estrangeira e não-conformadora da identidade nacional, retardando as necessárias medidas protecionistas. Recentes políticas de intervenção urbana incidiram nos edifícios da estação e da pinacoteca, oferecendo a oportunidade de identificar novos critérios de projeto, num quadro de revisão dos paradigmas do modernismo. Esses critérios, embora mais liberais quanto ao grau das modificações introduzidas, mediando o dinamismo urbano com a salvaguarda da memória, apontam para uma desvalorização de uma cultura arquitetônica específica, tornando identificáveis traços de invenção de tradições. Sem questionar a inegável qualidade espacial dos exemplares apontados, discute-se o ideário cultural subjacente no âmbito da preservação do patrimônio, em face das alterações culturais da contemporaneidade.
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