Nem todos os investimentos previstos para dotar de infraestrutura as cidades brasileiras que receberam os jogos da Copa do Mundo de 2014 se transformaram em realidade. Vários equipamentos nem sequer saíram do papel e outros estão semiabandonados. O terminal marítimo de passageiros de Fortaleza, projetado pelo escritório Architectus e construído pelo consórcio formado pelas empresas Constremac e Serveng Civilsan, é uma exceção, embora sua atividade-fim esteja prejudicada: o calado (distância vertical da quilha do navio à linha de flutuação) do novo cais não permite o atracamento de embarcações de grande porte. Para isso é necessária a realização de uma dragagem corretiva. No entanto, como já se sabia que o movimento de passageiros é variável ao longo do ano (de setembro a abril é o período mais intenso), o projeto foi concebido para ocupação mista, contemplando também a organização de eventos, exposições, mostras e festas, usos predominantes nos dias atuais. Como o espaço deveria oferecer flexibilidade e permitir rearranjos de layouts, o escritório criou uma modulação estrutural e construtiva de 1,20 metro, com vãos de 8,40 ou 16,80 metros.
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